O concurso "Histórias para Unir o Brasil" nasceu com a proposta de estimular a criação de narrativas que imaginassem pontes e caminhos para o diálogo amplo, aberto e franco entre todos os brasileiros. Newton Cannito, escritor e cineasta, foi um dos idealizadores da ação. "Nosso objetivo foi realmente ir na contramão do que estamos vivendo e colocar a criatividade a serviço da superação de intolerâncias e adversidades. Acreditamos que o primeiro passo para unir o Brasil é reimaginar nossa nação, nossa comunidade imaginada, contando histórias nas quais prevaleça o convívio entre diferenças de credo, identidade sexual, ideologias e classes sociais", comenta.
Ao todo, foram recebidas 124 narrativas das cinco regiões do país. Destas, 19 foram pré-selecionadas na primeira fase e duas receberam o prêmio. As histórias vencedoras foram "Peregrina e O Chamado da Floresta", de Carlos Marques, que conta a saga de uma professora amazonense e sua luta contra os exploradores da floresta, e "Deus me Free", de Silvia Seles, comédia que narra o encontro de Janaína, uma aspirante a suicida, com um Deus nada convencional.
Os ganhadores receberão o apoio para transformação de sua proposta em um projeto audiovisual através de um contrato de opção de compra de direitos autorais, no valor de R$ 60.000,00, dos quais R$ 8.000,00 serão pagos na assinatura do contrato, e o restante no caso de viabilização da produção da série ou filme baseados em sua história. Além do prêmio, também ganharão um curso para Fábrica de Ideias Cinemáticas, proporcionando conhecimentos técnicos para avançar na adaptação dessa ideia para um formato de produção audiovisual.
O concurso "Histórias para Unir o Brasil" foi realizado pela Fábrica de Ideias Cinemáticas, agência de storytelling e escola de roteiro, e pelo Movimento Utopia Brasil, que reúne um grupo de artistas e pensadores para discutir a identidade brasileira e irradiar a ética tropical. A ação também teve o apoio do Fórum do Amanhã e das produtoras Bocapiu Conteúdo Criativo e iCandela! Produções Audiovisuais, por meio do movimento "Vamos fazer coisas juntes?".
Durante o processo, o concurso também promoveu uma série de ações educativas, como as lives com pensadores como Muniz Sodré e Cristovam Buarque, que debateram como é possível criar histórias para vencer a polarização.
