WhatsApp e TV são os canais de informação mais usados pelos brasileiros

Quase 90% dos brasileiros (88,24%) concordam que a pandemia de Covid os transformou como pessoas. É o que diz uma nova pesquisa realizada pela agência de comunicação MARCO, que aponta mudanças nos hábitos de consumo provocadas pela digitalização – especialmente acelerada devido ao distanciamento social e à adoção efetiva do estudo e do trabalho híbridos.

Outras mudanças de hábitos foram investigadas pelo estudo, que no fim do primeiro semestre de 2022 entrevistou 14.200 homens e mulheres de 14 países em diferentes regiões (Europa, América Latina, África e Estados Unidos), faixas de renda e idade. Entre as transformações mais notáveis está a forma como os brasileiros consomem informação.

Embora a TV continue liderando como o canal usado de forma mais frequente, com 73% dos entrevistados atribuindo notas de 7 a 10 para esse meio de comunicação em termos de recorrência, o crescimento do WhatsApp – que tem no Brasil uma de suas maiores audiências globais – fez o aplicativo de mensagens praticamente empatar com a televisão, com 72% dos apontamentos. Nesse quesito, o app ficou acima do Instagram (68%), hoje a rede social usada de forma mais frequente no país, e de canais tradicionais como jornais online (61%), rádio (44%) e jornais impressos (15%).

Fora do Sudeste e considerando as médias das outras regiões brasileiras, o WhatsApp concentra 75% das notas máximas em frequência de uso, enquanto o Instagram ostenta 69%. Nesse recorte geográfico ambos já ultrapassaram a TV (com 67%), mas esse canal segue liderando com relativa folga na região Sudeste – onde registra 78% contra 69% do WhatsApp. Em todo o país, Instagram (68%), Facebook (59%) e outras redes sociais (51%) também mostraram força entre os canais consumidos de forma mais frequente pelos brasileiros.

Novas mídias 

Destaque também para os podcasts, outro formato em ascensão, que já concentra 42% das maiores notas em frequência de uso no Brasil. Independentemente da recorrência e da comparação com outras mídias, 70,26% dos entrevistados normalmente ouvem podcasts.

Os brasileiros também estão atentos ao surgimento de novas formas de comunicação e interatividade. A pesquisa aponta que 68,30% dizem saber o que é o metaverso, sendo que mais da metade desse grupo aponta os jogos online como algo que já fizeram nesse meio.

Marcas 

A pandemia também ajudou a solidificar exigências do público relacionadas à responsabilidade social das empresas e à forma como elas se posicionam perante a sociedade. Segundo o estudo da MARCO, 90% dos brasileiros atribuem notas de 7 a 10 sobre o quão importante é que marcas e empresas promovam a diversidade, enquanto 93% fazem a mesma avaliação sobre o respeito ao meio ambiente.

"A pesquisa realizada nos 14 países em que operamos ajudou a mensurar o quanto a pandemia, de fato, influenciou em mudanças importantes para a sociedade. Seja por meio dos hábitos de consumo, na forma como as pessoas acessam informações ou na sua crescente preocupação com a responsabilidade socioambiental das marcas que as impactam diariamente. Esses insights são valiosos e precisam ser levados em consideração para ampliar o engajamento do público e atender suas expectativas na era pós-pandemia", diz Douglas Meira, Head da MARCO para a América Latina e Country Manager para o Brasil.

"Em relação à primeira edição da pesquisa 'MARCO: O Comportamento do Consumidor Pós-Covid', logo no início da pandemia é possível ver uma clara evolução no comportamento dos cidadãos em todo o mundo. Desde então passamos a ter uma consciência global que, inevitavelmente, foi reforçada pela digitalização. Esse compromisso global com os chamados 'soft values' se tornou chave para a estratégia de marca de diversas companhias, anunciantes e instituições públicas", afirma Didier Lagae, CEO e fundador da MARCO. 

O relatório completo da pesquisa, realizada pelo departamento de pesquisa da MARCO em parceria com a CINT, pode ser acessado online

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