Dos 22 projetos vencedores do Edital do FSA "Novos Realizadores para TV/VOD", sete estrearão no Curta!

(Foto: Pixabay)

O Canal Curta! revelou-se um dos principais contratantes dos projetos selecionados pelo edital "Novos Realizadores" de produção para TV/VOD do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Das 22 obras contempladas, sete foram pré-licenciadas pelo canal, divididas em quatro filmes e três séries. Os projetos têm diversidade geográfica, sendo três deles oriundos dos estados da região Sudeste e outros quatros dos estados do Ceará, do Pará e de Pernambuco, além do Distrito Federal. Quando finalizadas, essas obras passarão a compor a grade de programação do Canal Curta! e de  seus serviços de VOD, o Curta! On – Clube de Documentários e o Curta! Educação.

Com o objetivo de fomentar a produção audiovisual e dar oportunidade para os novos talentos, o Canal Curta! busca acompanhar e incentivar novos diretores e produtoras, foco do edital "Novos Realizadores". Além de diretores estreantes, o edital investiu em produtoras brasileiras que tenham, no máximo, duas obras exibidas comercialmente em TV.

O resultado preliminar, divulgado no dia 9 de março pela Ancine, revelou os 22 projetos habilitados para receber o investimento do FSA dentre os 138 que foram analisados. A meta dessa chamada era distribuir até R$ 20 milhões (sendo R$ 8 milhões para projetos de produtoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e R$ 4 milhões para projetos de produtoras da região Sul e Estados de Minas Gerais e Espírito Santo). O investimento total, no entanto, será de R$ 19.945.662,14, distribuídos entre os 22 projetos selecionados. O Curta! aguarda ainda o resultado de outros editais de fomento lançados em 2022, para os quais contratou cerca de 70 projetos de produtoras mais experientes.

Pré-licenciadas pelo Curta!

"Amazônia Ancestral" (PA) é uma minissérie que traça o panorama da utilização dos diversos saberes, fazeres e rituais tradicionais, artesanais e ancestrais cultivados na Floresta Amazônica. Desde a produção de cerâmica ao uso de plantas medicinais e gastronômicas, a obra irá revelar a manutenção dessas diversas práticas enquanto patrimônio cultural imaterial e a presença da mulher nesse contexto cultural.

"As cores e formas de Artacho Jurado" (SP) é um documentário sobre a ousadia do arquiteto autodidata que se permitiu criar um estilo misturando livremente referências, formas, cores e texturas, numa época em que se praticava uma arquitetura que pregava que menos é mais. 

"Cinema Negro BR" (RJ) é um filme que dialogará com profissionais negros que buscam trabalhar no mercado do audiovisual. Produtores, diretores, roteiristas e atores, entre outros, que através de seus depoimentos e experiências poderão elucidar para o público o que é esse tão falado e diverso cinema negro que vem emergindo no Brasil.

O filme "Excursão Artística Villa Lobos" (SP) é centrado no ambicioso projeto de Heitor Villa Lobos de viajar pelo interior de São Paulo com uma trupe de músicos, transportando um piano de caudas em um vagão de trem. Realizado a partir da perspectiva de Lucília, que na época era esposa de Villa Lobos, o longa irá retratar o momento que marcou o início da fase mais importante da carreira do músico.

"Fantástica Fábrica de Fakes" (DF) é uma série documental sobre as grandes mentiras que afetaram a História do Brasil. Através de fotos, filmes antigos e animações, a obra busca mostrar que desde a Proclamação da República a disseminação de notícias falsas mobilizou grupos, destruiu biografias e influenciou a política do país.

O documentário "Juventude e Contracultura no Brasil" (CE) aborda o contexto nacional desse movimento ocorrido nas décadas de 60 e 70 que teve como principal característica a profunda crítica ao sistema capitalista e aos padrões de consumo desenfreado. Figuras como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Glauber Rocha e Tom Zé são personagens relevantes da época e, por consequência, da obra.

A série "Os Donos da Roça" (PE) busca compreender a origem cosmológica da feitura dos roçados, a exemplo do zelo contínuo de seus guardiões, com seus cantos e rezas. Para isso, o projeto parte em imersiva investigação pelos territórios Kaiowá, Yanomami, Xukuru, Panará e Palikur/Galibi-Marworno, empreendendo, ainda, o desafio formal de dar lugar a sua dimensão invisível.

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