Impactos do parecer da SEAE estão distantes

As decisões da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) de sugerir condições para que ESPN, Globosat e Fox possam concretizar a joint venture e para que a Globosat possa comprar 25% da ESPN Brasil têm impacto ainda distante. Primeiro, porque é preciso saber se o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) acompanhará ou não a posição da SEAE. A decisão pode ser totalmente diferente, como aconteceu no caso Ambev.
E mesmo que o Cade acate a opinião da SEAE, será necessário discutir as condições para que se abra a exclusividade dos direitos controlados pela Globosat e ESPN Brasil.
Outro ponto que ainda está obscuro para analistas que acompanham a questão é até que ponto atacar a exclusividade dos direitos dos canais sobre os eventos pode ser eficaz. Há quem aposte que o melhor seria atacar a exclusividade das operadoras sobre o canal.
Segundo apurou PAY-TV News, o parecer da SEAE contou com informações de quase todos os segmentos envolvidos em programação esportiva, inclusive dos clubes. A única federação que fez restrições à forma como a Globosat trabalha foi a federação carioca.
Uma das possibilidades imaginadas para impedir que a Globosat seja obrigada a abrir mão da exclusividade dos direitos (caso o Cade mantenha a posição da SEAE) seria abrir a exclusividade do canal SporTV. Essa seria uma contrapartida possível, na visão de especialistas em processos de concentração econômica. Mas que poderia fazer com que os eventos importantes fossem exibidos apenas em pay-per-view, o que não agradaria os agentes reguladores da ordem econômica.

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