Nesta quinta, dia 2, Luiz Guilherme Schymura tomou posse no cargo de presidente da Anatel. Luiz Alberto da Silva também assumiu oficialmente a vaga de conselheiro deixada por Francisco Perrone. Durante a cerimônia de posse, o ministro das comunicações, Juarez Quadros, rebateu algumas críticas que vêm sendo feitas ao modelo de telecomunicações brasileiros. "O setor de telecomunicações não vive crise sistêmica", justificando sua afirmação com os dados da universalização e da competição no país. O ministro Juarez Quadros, no entanto, não afastou a possibilidade de que "alguns pontos da modelagem original" possam ser revistos desde que as mudanças não atropelem a Lei Geral. Numa crítica implícita às declarações de Luiz Guilherme Schymura durante a sabatina realizada no Senado, o ministro Juarez Quadros lembrou que "ao final de 2001, a rentabilidade patrimonial dessas empresas foi levemente superior a 2%, enquanto nos Estados Unidos foi em torno de 4%". O ministro também respondeu às avaliações feitas pela BCP de que o setor estaria passando por uma grave crise com uma pergunta: "Será que as autoridades do governo, na condução do processo de reforma das telecomunicações, foram tão boas vendedoras e que alguns investidores foram tão generosos ao proporem ágios para os seus lances, não sabendo o que estavam fazendo e os eventuais riscos que poderiam correr?". Por fim, o ministro alertou sobre possíveis problemas que poderão ser enfrentados pela indústria do setor de telecomunicações por causa da antecipação das metas de universalização e deu um claro recado aos empresários: "não se aleguem condições de imprevisibilidade".
O novo presidente da Anatel evitou entrar em polêmica. Ele apenas repetiu que pretende se dedicar a questões como: tarifas de interconexão, migração para o serviço móvel pessoal e escolha do padrão de TV digital.
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