Telecine reúne filmes que retratam os horrores do período da Ditadura 

Seu Jorge em cena de “Marighella” (Foto: Divulgação)

Nesta sexta-feira, dia 31 de março, completam-se 59 anos da instauração da Ditadura Civil-Militar de 1964. Um marco triste na história do país, mas que deve ser revisitado para que os horrores praticados naquele tempo não se repitam. O Telecine reúne em seu catálogo no Globoplay e nas plataformas de streaming das operadoras sete filmes que ilustram como foram os anos de chumbo. 

Em "Ana. Sem Título", Lúcia Murat e Stella Rabelo empreendem em uma pesquisa sobre uma artista plástica negra, chamada Ana, que foi desaparecida por agentes do governo militar. O filme, que mistura elementos de ficção e documentário, foi exibido na Mostra de São Paulo em 2020 e indicado ao prêmio de melhor roteiro adaptado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. 

Exibido no Festival de Veneza e consagrado com três prêmios no Festival do Rio de 2018, "Deslembro" é centrado em Joana, uma adolescente filha de exilados políticos. Ela viveu a maior parte de sua vida em Paris e, em 1979, precisa retornar ao Brasil, após o decreto da anistia. Ela, que saiu do país ainda criança, tem que se adaptar a uma nova realidade. 

Estrelado por Andrea Beltrão, "Hebe – A Estrela do Brasil" conta a história de Hebe, uma das maiores comunicadoras da história da televisão brasileira. O longa é ambientado nos anos 1980, período final da ditadura civil-militar, e revela como a apresentadora enfrentou a censura oficial e o moralismo da época.

"Marighella", cinebiografia dirigida por Wagner Moura, resgata a história de um dos mais importantes militantes contra a Ditadura Civil-Militar brasileira, Carlos Marighella. Protagonizado por Seu Jorge, o filme foi exibido no Festival de Berlim e tem um elenco de peso com nomes como Adriana Esteves, Humberto Carrão e Bruno Gagliasso. 

No contexto da redemocratização, "O Paciente – O Caso de Tancredo Neves" representa o momento em que Tancredo é hospitalizado, dias antes de sua posse como presidente do Brasil. O longa, dirigido por Sérgio Rezende e protagonizado por Othon Bastos, leva para as telas o drama vivido pelo país naquele momento crítico. 

"Rasga Coração, por sua vez, lança luz sobre o choque geracional. No drama, assinado por Jorge Furtado, Marco Ricca dá vida a Manguari, um ex-militante comunista que se vê sendo acusado de reacionarismo por seu filho Luca, interpretado por Chay Suede. O protagonista, que lutou contra o governo militar, passa a se questionar se não estaria reproduzindo o comportamento de seu pai. 

Premiado em Cannes e exibido em Locarno, "Terra em Transe" é um clássico do Cinema Novo. Dirigido por Glauber Rocha, o filme de 1967 é uma alegoria da realidade vivida pelo Brasil e outros países da América Latina, que à época também eram dominados por ditaduras fardadas. O longa é marcado pelo tom crítico, não só ao populismo e aos políticos de direita, mas também à atuação das esquerdas naquele período. 

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