A crise na TV por assinatura dá sinais de que começará a afetar em cheio a programação esportiva. O canal Fox Sports, que entraria no mercado em fevereiro de 2003, juntamente com a Copa Libertadores, suspendeu seus planos. Alega a crise cambial, instabilidade e, principalmente, risco de não conseguir distribuição. O Fox Sports seria um canal premium não-exclusivo. Estava negociando com Neo TV, Sky, DirecTV e Net Serviços. Com a crise na Globopar e o alongamento das negociações com os credores por que passa a Net, ficou ainda menos provável que o canal consiga distribuição, e sem a base da maior MSO no Brasil, o canal não se viabiliza. O Fox Sports teria um modelo de negociação já adaptado aos tempos bicudos atuais: preço em real, revenue sharing… Mas nada disso foi suficiente para garantir uma distribuição mínima.
Não é só o Fox Sports que traz más notícias. Os demais canais esportivos que estão no Brasil devem economizar em 2003, principalmente na aquisição de direitos. A TV aberta segue ampliando o espaço destinado ao futebol. Só a Globo, por exemplo, passou a regionalizar a transmissão de seus jogos em cinco praças, contra duas de outros tempos. Ou seja, faz cinco transmissões diferentes em diferentes regiões do País, tornando seus jogos mais atrativos. Naturalmente, isso torna a TV paga menos atraente para quem se interessa por esportes.
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