Governo se dispõe a fazer "plano B" para que transmissões comecem em Brasília

Enquanto o Ministério das Comunicações comemora o cumprimento adiantado do cronograma de transmissões digitais no Brasil, a capital do país continua sem qualquer perspectiva de ter acesso à TV digital aberta. Um impasse entre as emissoras e o governo local fez com que Brasília se tornasse a única capital que não deverá cumprir o cronograma de implantação estipulado pelo Minicom. E o problema é ainda pior do que um atraso: não há previsão de quando o problema será superado.
"O cronograma está adiantado. Brasília é que está atrasada. Todas as capitais terão transmissões digitais neste ano, menos Brasília", afirmou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, nesta segunda-feira, 2. O problema está em um projeto do governo do Distrito Federal de construir uma nova torre para as transmissões digitais de televisão. Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova torre de televisão ainda nem começou a ser construída.
Para tentar cumprir o cronograma, o governo do DF teria sugerido a implantação de uma torre provisória. No entanto, este espaço provisório custaria a cada uma das emissoras R$ 600 mil, sendo que esse investimento valeria apenas para garantir as transmissões por um ano.
Sem perspectivas, por enquanto, de solução deste impasse, o governo já pensa em um "plano B" para garantir à capital federal assistir à TV digital o mais rapidamente possível. Costa se disse à disposição das empresas para discutir uma via alternativa para iniciar as transmissões mesmo sem a torre "tão sofisticada", nas palavras do ministro. Segundo Hélio Costa, haveria disposição da Anatel de avaliar a concessão temporária de uma outra frequência para permitir que Brasília entre no cronograma. Esse "plano B", inicialmente, não acarretaria em custos adicionais às operadoras.

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