Cresce a demanda por títulos brasileiros em voos internacionais

Nos últimos dez meses, a distribuidora Elo comercializou oito títulos brasileiros com companhias aéreas. De acordo com a coordenadora de projetos da empresa, Carole Moser, o valor indica um aumento na demanda por títulos nacionais, impulsionado principalmente por empresas internacionais. “Nos anos de 2009 e 2010 realizamos uma ou duas vendas. Era uma janela praticamente inexplorada, e agora as vendas estão se tornando rotina. A maior demanda vem das empresas internacionais”, diz.

No total, a empresa concretizou 21 vendas no período, uma vez que algumas obras foram negociadas com mais de uma companhia. Embraer (3 filmes), Copa Airlines (5 filmes), Alitalia (3 filmes) Delta Airlines (3 filmes), Air France (3 filmes), Son Air (3 filmes) e Emirates (1 filme) compraram direito de exibição das produções. 

De acordo com Moser, a janela de exibição das aéreas é pequena, geralmente acompanhando a do cinema ou vindo logo na sequência, antes do VOD. Isso, explica a executiva, acaba limitando a receita obtida com esse tipo de negociação. No entanto, afirma, é uma receita que pode ser combinada com outras janelas alternativas para aumentar os ganhos das produtoras e, além disso, é também uma oportunidade de exibir a obra recém-lançada em uma nova janela, ampliando sua divulgação. “É uma venda para um tempo bem curto, geralmente dois ou três meses. No final, ao somar com outras receitas, pode ser lucrativo. Além disso, há a possibilidade de começar a formar um público em uma janela atrativa”, explica a executiva.

Ainda segundo Moser, filmes de entretenimento são os mais procurados pelas empresas, mas alguns documentários também foram comercializados. As empresas aéreas, explica, buscam filmes que podem ser assistidos por toda a família, geralmente comédias. “Elas tem alguns temas que não são explorados de maneira alguma, como filmes com muita ação. Geralmente comédias e conteúdo tipo família. Agora, com a Copa, vendemos alguns filmes sobre futebol também”, diz.

Com seis vendas para companhias aéreas no período, “Vai Que Dá Certo”, da Fraiha Produções, foi a obra mais comercializada. “Fla x Flu”, da Sentimental, e “Somos Tão Jovens”, da Canto Claro Produções, foram vendidas para três empresas cada. Na sequência, aparecem “Brasil orgânico”, da Contraponto Produções, e “O contador de Histórias”, da Ramalho Filmes, com duas vendas. “João Saldanha”, da TV Zero, “Carnaval no meu quintal”, daTrator Filmes, e “Amazônia Desconhecida”, da Gullane, foram negociadas com uma empresa cada.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui