Programadores e produtores precisam chegar a novos modelos de negócio

Programadores e produtores debateram na manhã desta segunda-feira, 4, durante o Fórum Brasil de Televisão, a lei 12.485/2011, que define novas regras para o setor de televisão por assinatura, e chegaram à conclusão de que precisarão criar novos modelos de negócio e fluxo de trabalho diante do aumento da demanda por programação nacional. "Precisamos criar modelos em que o produtor e programadores fechem esta conta. Tem um corpo de investimento e renúncias, as nossas verbas de produção e também existe o anunciante", falou Roberto Martha, diretor de produção da Viacom. Ele contou que a programadora pretende criar um canal online para facilitar a recepção de projetos, o que não anulará o encontro presencial com produtores.

A Turner também criou uma área especialmente para analisar as propostas de produção.

Segundo Silvia Elias, líder do setor, a área comercial da programadora também está apta a analisar projetos especiais de anunciantes e branded content. Para Carla Ponte, diretora de produção da Discovery, o maior desafio é que o mercado consiga enxergar a produção de TV como um negócio. "Se não tiver resultado, não vai para a frente. Temos que construir esta mentalidade", disse.

Do lado da produção, Paulo Schmidt, presidente do Grupo Ink, disse que também vem se estruturando para atender à demanda. Para ele, o mercado tem muitos profissionais criativos, mas ainda é necessário investir em infraestrutura. Schmidt acredita que com a demanda gerada pela lei, algumas produtoras devem começar a ter núcleos voltados para o conteúdo de TV e que o cenário criará condições para que grandes e pequenas produtoras possam trabalhar em parceria, como já acontece com o cinema. Schmidt acredita também que algumas produtoras acabarão fechando alguns pacotes de programação para tornar a produção mas viável. "Mas isso também enfraquece a criatividade", pondera. Outra tendência do mercado neste momento, segundo Schmidt, é a procura por produto pronto para ser reciclado.
Participaram também do painel Daniel Conti, do canal Glitz, e Daniela Mignani, do GNT.

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