Assinantes Prime Video dos EUA e outros territórios devem pagar a mais para não ver anúncios entre os conteúdos

(Foto: Divulgação)

Desde o dia 29 de janeiro nos Estados Unidos e desta segunda-feira, dia 5 de fevereiro, no Canadá, Reino Unido e Alemanha, assinantes do Prime Video, a plataforma de streaming da Amazon, começaram a assistir anúncios entre os conteúdos. Quem não quiser ser impactado pela publicidade deverá pagar um adicional de US$ 2,99 ao mês – por enquanto, essa opção está disponível nos EUA, mas a previsão é de que ela chegue também aos demais territórios. 

O movimento do Prime Video é inédito dentro da estratégia de incluir publicidade entre a exibição dos conteúdos já adotada por outras plataformas. No caso da Netflix, por exemplo, o assinante teve a opção de escolher se gostaria de uma redução no custo de sua assinatura mensal e, em contrapartida, assistir aos anúncios das marcas. Mas, no caso do Prime Video, o assinante pode escolher pagar a mais no seu plano para não ter que começar a assistir anúncios entre os conteúdos. É um caminho inverso. Para o Prime Video, criou-se praticamente do dia para a noite uma base gigantesca de assinantes expostos a conteúdos publicitários, uma vez que todos os usuários da plataforma passaram a fazer parte desse "novo" plano. É claro que alguns devem optar por pagar a mais para não ter de ver anúncio – mas num cenário com tantas plataformas disponíveis e o bolso do consumidor já no limite do teto de gastos, é mais provável que a maioria aceite os anúncios em vez de ativamente escolher pagar a mais para não vê-los. 

Ainda não há previsão para que essa novidade chegue ao Brasil – mas considerando o cenário econômico do País, as marcas locais com certeza se beneficiariam dessa história, com os assinantes Prime Video brasileiros se tornando expostos à publicidade dentro do ambiente da plataforma e possivelmente optando por não pagar a mais para barrar os anúncios.

Movimentações como essa devem ficar cada vez mais comuns no mercado de streaming. Com dificuldades para "fechar a conta", plataformas passaram a ofertar planos subsidiados por publicidade. Assim, elas conseguem ampliar a base de assinantes, que se atraem pelos preços mais convidativos. Com a Netflix, por exemplo, a estratégia foi muito bem sucedida, e o número de assinantes do plano com anúncios já ultrapassa os 23 milhões. Lá fora, os serviços Disney+, Filmbox+, AMC+, Bet+, MAX, Paramount+, Peacock e Hulu oferecem planos de assinatura com anúncios. 

Para as plataformas, os planos com publicidade permitem que elas capturem um público mais amplo, diversificado e ainda pessoas de classes mais baixas que, normalmente, não investiriam alto em uma assinatura de streaming. Além disso, eles abrem novas fontes de receita. O dinheiro que entra pode ser investido em produção e tecnologia, por exemplo, e assim a roda segue girando. Mas é importante que elas cuidem da experiência do usuário, que não pode ser impactada negativamente por uma publicidade intrusiva. 

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