A estratégia da Embratel de usar a rede da Net para acesso ao cliente final, após a entrada da sua controladora Telmex no capital da operadora de TV, pode estar começando a tomar forma. As duas empresas têm sido vistas trabalhando juntas no atendimento de clientes corporativos.
Além disso, de acordo com o presidente da Furukawa Brasil, Foad Shaikhzadeh, a Net iniciou, há menos de um mês, consultas junto à Furukawa para a compra de fibras ópticas para expansão da rede. Mas segundo Shaikhzadeh, a compra não representaria ainda um volume significativo, a ponto de alterar a ociosidade de 90% da capacidade instalada da Furukawa para produção de fibras ópticas.
Shaikhzadeh afirma que, no exterior, o quadro já melhorou um pouco e as fábricas trabalham agora com 50% de ociosidade. "O que segura a melhora no Brasil é que a demanda por fibras ópticas também passa pela distribuição de renda", avalia.
Atualmente, no Brasil, a demanda por fibra óptica é de apenas 300 mil quilômetros de fibras por ano. Um número bem inferior aos 4 milhões de quilômetros/ano consumidos nos áureos anos de 2000 e 2001.
Joint venture em aquecimento
Com pouca demanda, a SPF, joint venture da Furukawa e da Pirelli para fabricação de fibra óptica em Sorocaba (SP), deve levar ainda dois ou três anos para atingir a sua capacidade total de produção, que é de 600 mil quilômetros de fibra por ano. Segundo Shaikhzadeh, a operação da fábrica teve início no dia 1º de abril, mas como a Furukawa ainda está instalando equipamentos, a unidade deve entrar em operação plena apenas em agosto e com capacidade de 300 mil quilômetros de fibra por ano.
