Preço não é atraente para o pequeno provedor, diz Abramulti

A Abramulti, associação que reúne cerca de 400 provedores de acesso a internet de pequeno e médio porte, não acredita que a oferta voluntária das teles para o atacado celebrada na semana passada com o governo como parte dos compromissos com o PNBL terá um grande número de beneficiados. Isso porque, hoje, os provedores conseguem junto às mesmas teles que negociaram com o governo preço mais baratos àqueles que constam do Termo de Compromisso: no caso da Telefônica R$ 1,2 mil e da Oi R$ 1,1 mil para um link de 2 Mbps. "Hoje eu não conheço nenhuma empresa que pague esse valor", afirma Manoel Sobrinho, presidente da Abramulti. O governo, quando anunciou o acordo sustentou que o preço médio do link de 2 Mbps no mercado era de R$ 1,8 mil. Segundo Sobrinho, hoje o link de 1 Mbps pode ser conseguido por cerca de R$ 140.
O executivo pondera que pode ser que em lugares mais remotos o preço negociado com o governo seja atraente, mas para chegar a essas localidade os provedores da região costumam se associar para a construção de backhaul até uma cidade maior próxima, onde há competição e o link pode ser adquirido a preços melhores.
Outra questão que preocupa os pequenos provedores, na visão de uma fonte ligada a uma outra associação, é o fato de a oferta de varejo já contemplar um provedor de acesso gratuito. É provável que as teles escolham aqueles vinculados ao seu grupo econômico e que não haja espaço para os provedores regionais.

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