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20ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis divulga selecionados

Uma seleção de 137 curtas-metragens nacionais e internacionais para crianças de todas as idades, nos gêneros ficção, documentário, animação e experimental, fará parte da programação da 20ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, que será realizada de 16 a 24 de outubro. A lista de selecionados foi divulgada nesta terça-feira, dia 6 de julho, no site do evento. Online e gratuita, a programação será transmitida pelo canal de YouTube da Mostra e por plataforma de streaming.

No total, foram 98 filmes brasileiros, de 18 estados, e 39 internacionais, de 23 países. Entre os selecionados nacionais, destaque para São Paulo, com 27 selecionados, seguido de Santa Catarina e Rio de Janeiro, com 19 e 15 curtas-metragens, respectivamente. Entre os internacionais, França se destaca com 21 filmes selecionados. Em segundo lugar no ranking está Argentina, com cinco, e Hungria, com três.

Os curtas-metragens desta edição mostram as diversas infâncias do Brasil e do mundo e, por meio de suas temáticas, abordagens e estéticas, trazem à tona debates atuais. “Temos alguns filmes que entram no assunto migração, outros falam de maneira natural e espontânea de gênero na infância. Vários curtas mostram a riqueza dos povos indígenas e a importância do respeito e proteção ao modo de vida dessas pessoas. Outra temática presente nesta seleção é o meio ambiente. E esse conjunto é um espelho do que está se pensando no Brasil e no mundo”, afirma Luiza Lins, diretora da Mostra e coordenadora de curadoria, que também teve a participação de Gilka Girardello e Melina Curi.

Os filmes, de maneira geral, refletem uma preocupação em transformar o mundo num lugar no qual as diferenças sejam aceitas e valorizadas. O documentário “To My Friend, From Your Friend” (2020, Filipinas, Singapura, Tailândia, Vietnam, Coreia do Sul), de Che Espiritu, mostra a troca de cartas entre crianças de diferentes países e aborda o tema preconceito. Já em “Raone” (2021, SP), documentário com direção de Camila Santana, o assunto infância livre de estereótipos vem à tona. 

Produções brasileiras 

Entre os títulos brasileiros, um exemplo é o curta “Jovem que Desceu do Norte” (2021, SP), de Ana Teixeira, um documentário com depoimentos de adultos, alguns deles idosos, que lembram de suas infâncias no Norte/Nordeste antes de migrarem para São Paulo (SP). As falas são intercaladas com animações em estilo original. 

Outros dois filmes que demonstram a força do audiovisual para criança produzido no país são “Eu me chamo Darwin” (2020, SP), com direção de de Well Darwin, um conto autobiográfico, narrado pelo autor, sobre a relação complicada com um certo apelido de infância, que só no final do filme é revelado em sensível problematização do racismo; e “Ibiapaba Como Nascem as Montanhas”(2021, CE), de George Alex Barbosa, uma animação 3D com temática indígena brasileira, na qual o curumim Apuã completa 12 anos e agora tem sobre si a responsabilidade de salvar sua Tribo e mudar seu próprio destino.

“Todos os filmes inscritos nesta edição têm sua força e são de qualidade, mas a curadoria precisou selecionar a partir de alguns critérios. Temos um conjunto de filmes potentes para a 20ª edição”, afirma Lins. 

Filmes latino-americanos 

“Este ano destacou-se a qualidade dos filmes da América Latina, que trazem toda uma diversidade temática de representações de infância, linguagens e estéticas que têm tanto a ver com as crianças brasileiras. Teremos este ano vários filmes da Argentina, da Colômbia e do México”, conta a curadora Gilka Girardello.

Luiza Lins destaca, por exemplo, a animação argentina “Ailin en la Luna” (2019, Argentina, na foto), de Claudia Ruiz, uma animação com bonecos e maquetes que conta a história de uma mãe cansada e da conexão entre mãe e filha expressa por meio de uma cantiga; e a ficção mexicana “The Piñata” (2020), de Verónica Ramírez, que mostra como é importante a criança brincar e ter espaço para buscar recursos internos para criar.  

Crianças no protagonismo 

Nesta edição da Mostra é significativo o número de filmes selecionados com crianças no protagonismo e na condução da ideia do curta-metragem. “Isso prova que o audiovisual está cada vez mais inserido no ambiente da educação. Afinal, ele acaba sendo, neste momento, a ligação das crianças com o mundo”, afirma Lins. A diretora destacou também a seleção de  videoclipes nacionais para crianças pequenas, não comuns em edições anteriores. 

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