Debate aponta divergência sobre até onde deve ir a oferta não-linear na TV paga

Há alguma divergência sobre o papel dos serviços de TV everywhere na TV por assinatura entre agentes do setor. Está claro que a oferta de conteúdo não-linear e multiplataforma é fundamental para manter o serviço relevante e capaz de competir com os serviços over-the-top. O que muda é até que ponto esta oferta deve ir. Em painel durante o Congresso ABTA 2013 nesta terça, 6, o presidente da Net, José Felix, a maior operadora do serviço no Brasil, afirmou que não há previsão de lançamento de um over-the-top puro da Net, como fizeram algumas operadoras norte-americanas. No entanto, o executivo diz que continuará ampliando a oferta de TV everywhere em parceria com as programadoras de canais.

No mesmo painel, a Globosat anunciou planos de oferecer o Telecine em um serviço OTT a não assinantes do serviço de TV, mesmo assim, através das operadoras de TV paga.

Já o diretor geral da Fox, Gustavo Leme, afirmou que o on-demand é um modelo fraco para a venda de publicidade, uma importante fonte de recursos para as programadoras. Mesmo assim, diz que segue negociando para levar seus conteúdos para serviços de TV everywhere, “mesmo em sacrifício da audiência”, para preservar o modelo da TV por assinatura. A estratégia do grupo, diz o executivo, é priorizar investimentos nos canais esportivos. “O esporte ainda consegue manter o valor do linear e do ao vivo”, disse o executivo.

Silvia Berno, presidente da Blue Interactive, diz que a programação não-linear já é uma exigência. Segundo ela, é fundamental para o futuro da TV por assinatura abarcar o OTT e as TVs conectadas nos modelos de negócios das operadoras. “No TV everywhere, somos donos dos clientes”, lembrou.

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