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Indústria de TV paga busca seu espaço no mundo da "TV 2.0"

Na NCTA Cable 2007, evento da indústria de TV a cabo dos EUA, que acontece esta semana em Las Vegas, não poderia haver outro assunto em pauta que não fosse o terremoto digital que afeta a indústria de mídia como um todo, pelo menos nos EUA. Afinal ,qual o papel do operador de cabo em um mundo em que o conteúdo chega pela Internet banda larga e pelo celular com cada vez mais intensidade? Obviamente, a hegemonia (pelo menos nos EUA) ainda é do cabo, assim como no Brasil ainda é da TV aberta, e não há sinais de que isso mudará significativamente no futuro. Mas nas três últimas edições, é cada vez mais comum ouvir operadores de cabo discutindo como estão perdendo espaço para a banda larga. Afinal, tudo o que surgiu de novo no universo da entrega de conteúdos nos últimos anos passa pela Internet, e não pelos canais tradicionais.
Mas, afinal de conta, onde entra o operador de cabo no mundo da "TV 2.0", no mundo em que as regras da Internet banda larga imperam? "Acho que a indústria de cabo ainda está tentando achar uma solução, e o principal problema passa pelas plataformas. Para fazer TV interativa, que seria o diferente, que seria aquilo que a Internet faz, não existe padronização, não existe um ambiente comum, como existe na Internet", explica a esse noticiário George Kliavkoff, Chief Digital Officer da NBC Universal. É Kliavkoff quem está tocando o projeto de joint venture entre News Corp. e aNBC e que pretende ser a primeira resposta de grandes grupos de mídia à revolução da Internet banda larga. "Na prática, o que os grandes grupos de conteúdo estão fazendo é encontrarem formas de levarem seus conteúdos à Internet, e não estão muito preocupados em como fortalecer as mídias tradicionais. Se a indústria do cabo quiser fazer parte do jogo, tem que se mexer rápido e dizer o que tem a oferecer", diz Kliavkoff.
É um paradoxo em termos: ao mesmo tempo em que o cabo nos EUA é responsável pela revolução da banda larga, que por sua vez é o que revolucionou a Internet, é justamente esse segundo momento da Internet que está incomodando o modelo tradicional de televisão. As operadoras de cabo respondem com o que pode: conteúdos sob demanda, pay-per-view, alta definição. Mas mesmo assim, o título "revolucionador da TV" vai para o YouTube, Apple TV ou para o Joost, que são serviços ou plataformas que só precisam de uma coisa ligada ao cabo: banda larga.
"A competição que o cabo enfrenta está sendo com algo pelo qual as pessoas não pagam, e é importante encontrar uma forma de combater isso sem tirar a perspectiva do negócio", diz Kliavkoff, que falou em painel nesta segunda, 7, durante a Cable 2007.

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