Série "Damas do Samba" é destaque na programação de junho do SescTV

O SescTV apresenta "Damas do Samba" na programação do mês de junho. Com produção da Modo Operante Produções, a série conta, em quatro episódios, histórias centradas nas mulheres e nas grandes escolas de samba cariocas. Dirigida e roteirizada por Susanna Lira, a produção está disponível sob demanda no site do canal. 

Os capítulos narram, por meio de depoimentos, entrevistas e imagens, a história, o trabalho e a vida de compositoras, passistas, porta-bandeiras, pastoras da comunidade, musas, tias, intérpretes, carnavalescas, aderecistas, bordadeiras e muitas outras. De personalidades como Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra e Clara Nunes às novas integrantes das escolas, fala-se sobre as raízes do samba, as vozes femininas, o trabalho nos bastidores e o futuro das escolas.

Essa retrospectiva histórica do samba, com enfoque na participação feminina em sua construção e seu desenvolvimento até os dias de hoje, faz parte da programação dos "13 aos 20 (Re)Existência do Povo Negro", apresentando conteúdos sobre personalidades negras. A ação do Sesc São Paulo se refere aos marcos 13 de maio e o 20 de novembro, e tem como objetivo o fortalecimento e reconhecimento das lutas e conquistas, manifestações do povo negro, bem como o fomento à igualdade, contribuindo para uma sociedade livre do racismo e de outras formas de dominação.

O primeiro episódio, "As Raízes do Samba",mostra a trajetória do samba começando com Tia Ciata, dona da casa onde foi criado "Pelo Telefone", o primeiro samba gravado em disco. A narrativa trata das origens do samba através de relatos sobre as primeiras mulheres negras desembarcadas na Praça XI, no Rio de Janeiro, trazendo consigo a cultura da culinária, das ervas, do saber popular, do prazer sexual e a possibilidade da continuidade histórica através da música. 

"Vozes Femininas do Samba"analisa o surgimento, atuação e as dificuldades encontradas pelas mulheres compositoras no ato de criação e os problemas para divulgar suas canções e músicas num ambiente até então exclusivamente masculino. Destaca ainda o papel de mulheres que se tornaram expoentes nesse campo, como Dona Ivone Lara e Leci Brandão.

No terceiro episódio, "Estandartes do Samba", destacam-se as várias facetas das mulheres que trabalham nos bastidores dos desfiles de carnaval, passando dias nos barracões empenhadas para o sucesso do desfile, seja na concepção criativa da ideia, seja como operárias do samba. Grandes carnavalescas como Márcia Lage e Rosa Magalhães falam sobre o processo de criação. O capítulo explica também a origem do porta-bandeira, que remete à nobreza do século XVIII. Traz ainda as passistas, que são consideradas um ícone do carnaval.

Em "Musas e Herdeiras do Samba", o quarto e último episódio, são retratadas as herdeiras do samba. Meninas e mulheres que carregam – por opção e tradição – o amor ao samba. Revela bastidores da Filhos da Águia, o dia a dia de trabalho de Nilce Fran, que ocupa o cargo de presidente da escola mirim da Portela. Acompanha alguns instantes do desfile e apresenta meninas como Luany Carvalho. E reproduz depoimentos de mulheres como Cecília Rabello, filha de Paulinho da Viola; Juliana Diniz, neta de Monarco e filha de Mauro Diniz; e Clarisse Nogueira, filha de João Nogueira.

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