Metalúrgicos incluirão Vale-Cultura nas negociações salariais

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, foi recebida nesta segunda, 7, pela direção da FEM-CUT (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores), na sede da entidade, em São Bernardo do Campo, onde apresentou a política do Vale-Cultura. Segundo nota do ministério, o presidente da FEM-CUT, Valmir Marques da Silva, afirmou que proporá a inclusão do Vale-Cultura nas negociações da categoria com as bancadas patronais.

A base da federação conta com 215 mil trabalhadores no estado de São Paulo. Segundo estimativas do Dieese, somente no ABC paulista, há 43 mil trabalhadores metalúrgicos com potencial para receber o Vale-Cultura.

O cartão do Vale-Cultura tem um crédito de R$ 50 e pode ser usado para consumo de bens culturais: livros, jornais, revistas, ingressos em espetáculos teatrais, cinemas entre outros.

A política atende preferencialmente trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos. É necessária a adesão de empregados e empregadores e as empresas tributadas com base em lucro real podem deduzir até 1% do Imposto de Renda devido.

Balanço

Ao jornal O Estado de S.Paulo, a ministra fez um balanço do benefício, que foi instituído há seis meses, apontando que 215,6 mil trabalhadores recebem o vale e que R$ 13,7 milhões já foram consumidos através dele. A imensa maioria – R$ 12 milhões – foi usado na compra de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria. Segundo Marta Suplicy, isso acontece porque a Livraria Saraiva foi uma das primeiras a se preparar para aceitar o vale como meio de pagamento.

O cinema aparece em segundo lugar no uso do Vale-Cultura, recebendo R$ 1,2 milhões, principalmente após a adesão das grandes redes de salas. Cinemark e Kinoplex já aceitam o meio de pagamento.

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