Lucro líquido da Telefônica/Vivo cai 18,4% e fecha março em R$ 660,8 milhões

Os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2014 da Telefônica/Vivo registraram, mais uma vez, aumento de receita, mas queda no lucro líquido. É um quadro que vem se repetindo na comparação anual entre trimestres nos últimos balanços. Ao final de março, o lucro líquido da companhia somou R$ 660,8 milhões, queda de 18,4% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, impactado por esforços de melhoria do desempenho do negócio fixo, do aumento da base móvel e maiores despesas financeiras. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 9,7% na comparação anual, para R$ 2,56 bilhões, com redução de 3,4 pontos percentuais na margem EBITDA, que ficou em 29,8% ao final de março. As despesas financeiras, por sua vez, foram elevadas em 64%, de R$ 381,9 milhões para R$ 626,3 milhões entre os primeiros três meses de 2013 e 2014, devido ao maior endividamento líquido da companhia.

Os investimentos (Capex), por outro lado, também aumentaram: haviam sido de R$ 708 milhões no primeiro trimestre de 2013 e passaram a R$ 1 bilhão em igual período deste ano (alta de 41,4%), dos quais R$ 880,4 milhões destinados a redes. De acordo com o relatório divulgado pela operadora, "esta evolução já demonstra o patamar mais alto de Capex projetado pela companhia para o ano de 2014, que terá como foco a expansão do footprint de FTTH, investimentos em cobertura 3G e 4G, além de capacidade móvel visando manutenção superior do padrão de qualidade".

Em conferência com a imprensa, o CEO da Telefônica Vivo, Paulo Cesar Teixeira, estimou em cerca de R$ 7 bilhões o Capex da empresa para 2014, (em 2013 foram investidos R$ 6 bilhões). O valor não inclui eventuais gastos para compra de espectro na licitação de 700 MHz.

Receitas

Entre janeiro e março, a receita operacional líquida teve alta de 0,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2013, para R$ 8,61 bilhões. Enquanto a receita líquida de serviços móveis cresceu 3,3% (R$ 5,45 bilhões), a de serviços fixos, que incluem telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura, teve redução de 2,3% no período (R$ 2,85 bilhões). A receita líquida com venda de aparelhos totalizou R$ 312,7 milhões, redução de 14,5% no ano.

De acordo com a empresa, a melhora no negócio móvel se deu pelo aumento da base pós-paga, que responde por 31,7% da base total de 78,465 milhões de usuários , dos quais 75,6% possuem smartphones ou "smartlites" (webphones). Mesmo com a redução da VU-M (interconexão móvel), a receita média por usuário (ARPU) aumentou 0,7% no trimestre, para R$ 23,30, impulsionada pela ARPU de dados que alta de 17,5%, para R$ 8,10. A receita de dados e SVA somou R$ 1,89 bilhão entre janeiro e março e agora representa 34,7% da receita de serviço móvel, alavancada pelo crescimento da receita de Internet móvel (R$ 1,1 bilhão), que evoluiu 34,9% na comparação anual entre trimestres.

Negócio fixo

A base total de acessos fixos ao final de março cresceu 3,5% em relação ao ano anterior, totalizando 15,391 milhões de acessos. São 10,828 milhões de usuários de voz, com alta anual de 2,6% com a expansão da oferta de telefonia fixa sobre as redes móveis da Vivo, o chamado fixed wireless.

Na banda larga fixa, a Telefônica somou 3,918 milhões de assinantes, com a totalidade das adições líquidas do trimestre em acessos acima de 4 Mbps. A cobertura da rede de fibra até a casa do usuário (FTTH) passou os 2,3 milhões de domicílios em março e a base de acessos de fibras chegou a 236 mil clientes.

A base de TV por assinatura chegou a 645 mil clientes no primeiro trimestre.

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