Paulina Chiziane (foto) e Elisa Lucinda gravam em Salvador sequências do longa-metragem "Cartas Para…". Ao lado da escritora portuguesa Raquel Lima, a moçambicana e a brasileira protagonizam o filme que propõe uma ponte entre Brasil, Moçambique e Portugal por meio de cartas escritas entre si sobre experiências, desafios e inquietações.
As sequências serão rodadas até o dia 10 de julho e contemplam externas na Casa do Benin, no Museu de arte Moderna da Bahia, e em Lauro de Freitas, onde a produção recria uma fogueira comandada por Chiziane.
Dividido em três atos, o documentário é movido pela inquietação – "O que as mulheres têm a dizer ao mundo?", caminho que a diretora e roteirista Vânia Lima costura através de três temas: Voz, Corpo e Tempo. "As cartas conduzem a narrativa e a cada leitura/escrita mergulhamos em camadas destas mulheres e nos apaixonamos por suas jornadas, lutas, vitórias, também viajamos do Brasil a Portugal, de Portugal a Moçambique, e retornamos em novos ciclos, com imagens que aproximam esses países e suas histórias que estão diretamente ligadas ao idioma que falamos. Esse português, que há muito deixou de ser do colonizador, é recriado por outras mulheres que escrevem, cantam, dançam projetando realidades e imaginários, nos convidando para recriar também os nossos movimentos diante da vida", comenta Vânia Lima.
Sequências do filme já foram rodadas no Rio de Janeiro, Maputo, Lisboa, Porto e Coimbra, proporcionando, segundo a produtora executiva Keyti Souza, "aprendizados diários e trocas constantes sobre vida e a criação realizada pelas mulheres tanto as escritoras principais, como outras artistas que conhecemos ao longo do caminho de quatro anos de projeto". Junto às gravações em Salvador e Lauro de Freitas estão programadas ainda imagens no Espirito Santo, estado natal de Elisa Lucinda.
"Cartas Para…" tem previsão de lançamento para 2023 e é uma realização da Lima Comunicação, produtora que integra o grupo audiovisual Têm Dendê, com distribuição da Lança Filmes e conta com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) da Ancine, por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Isso é muito importante adorei essa iniciativa de juntar os diferentes países que falam a língua portuguesa no mundo. Isto, para ser sincero, vai ajudar mais e mais na expansão da literatura no mundo.
Para a próxima edição peço que cheguem aqui à Guiné-Bissau.