Seminário discute presença brasileira nos canais internacionais

Durante o painel que discutia a presença de conteúdo nacional nos canais estrangeiros na ABTA 2003, nesta quarta, 8, a diretora dos canais Sony e AXN no Brasil, Christina Johansson, disse que esta presença não é uma nova tendência, mas uma realidade, citando diversos programas produzidos localmente e que são exibidos em seus canais há alguns anos.
"Não é patriotismo, mas sim bom senso, levar ao público o que ele espera", afirmou. Segundo ela, a produção nacional, além de agradar o espectador, também traz mais possibilidades de receitas publicitárias, com ações de merchandising, por exemplo.
Dorien Sutherland, ex-diretor da Columbia Tristar e hoje dono de uma produtora independente, a TerraSul, ironizou o tema do painel, que falava sobre o "rosto brasileiro" da TV por assinatura: "É o rosto dos 3,5 milhões de assinantes, que não é o rosto do Brasil. O resto está bem servido pela TV aberta". Para ele, as pessoas não querem necessariamente conteúdo nacional. "No México", lembra, "as pessoas roubavam o sinal da DirecTV norte-americana. Ninguém paga pra ver o que já tem de graça (na TV aberta)".
Sutherland disse que a audiência de canais pagos de conteúdo nacional, como o Canal Brasil, é muito baixa, e defendeu o que chamou de "tropicalização racional", com produção de alguns formatos de programas, como mini-séries, adequados ao perfil de cada canal.

Exportação

Alvaro Paes de Barros, da Nickelodeon, disse que o canal veicula cerca de 200 minutos/mês de produção local, atingindo 300 minutos em outubro, quando o canal entrega um prêmio. Ele ressaltou a busca por novos formatos. "Os programas infantis apresentados por loiras estão esgotados, é um formato dos anos 80", disse. E menciounou o programa "Patrulha Nick", desenvolvido pelo canal no Braisl e cujo formato já foi exportado e será produzido no México e Argentina.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui