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Projeto Cinesolar utiliza energia solar em exibições públicas

Há pouco mais de um ano na estrada, o cinema móvel Cinesolar viaja por todo o país promovendo exibições de cinema utilizando energia solar. O projeto foi desenvolvido pela Brazuca Produções, produtora dedicada a formação de público em circuitos alternativos. O projeto já realizou mais de 90 sessões nos estados de São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A Brazuca estima que o cinema já atingiu um público de mais de 13 mil pessoas e conseguiu uma economia de energia elétrica maior que 220 mil watts, equivalente a quase 400 horas de uma geladeira ligada sem interrupções.”Buscamos sempre promover exibições ao ar livre, promovendo uma ocupação da cidade, em lugares que as pessoas estão acostumadas a frequentar. Realizamos muitas exibições para públicos carentes”, conta Cynthia Alario, idealizadora do projeto.

A van do Cinesolar, equipada com equipamentos que transformam a energia do sol em energia elétrica, carrega em seu interior cadeiras para o público, sistema de som e projeção, telão e até uma cabine de DJ. Segundo Alario, o desenvolvimento do Cinesolar começou em 2010, inspirado em um projeto de cinema itinerante da holandesa Doen. “Fizemos cursos com engenheiros  especializados em sistemas de energia solar e trabalhamos com a empresa AgirVerde, responsável pela instalação do sistema elétrico no veículo”, conta.

O veículo, conta, carrega-se automaticamente nas viagens do grupo pelo país. “Na própria estrada o veículo está sempre carregando. Ao contrario do todas as outras pessoas, buscamos sempre estacioná-lo no sol. Nosso lema é ‘nunca estacione na sombra’”.


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Segundo Alario, a curadoria do conteúdo exibido é realizada pela própria Brazuca. A produtora sempre seleciona longas-metragens nacionais. No caso de curta metragens, a produtora também exibe produções internacionais. Nesse caso, busca sempre filmes mudos ou dublados em português “Para facilitar o entendimento do público”, explica ela. Entre as produções exibidas estão filmes como "Colegas" e "O Palhaço", com Selton Mello. “Os filmes exibidos trabalham questões ligadas à sustentabilidade com foco em três eixos: social, econômico e ambiental” diz Alario.

Além das sessões, a iniciativa ainda promove oficinas de sustentabilidade para crianças e adolescentes. Estas atividades propõem a reciclagem de materiais para confeccionar instrumentos musicais e o uso de pigmentos naturais, como argila e urucum, para as intervenções e pinturas produzidas pelos participantes – o ecografite.

"O Brasil tem um incrível potencial em energias renováveis. E por que não se beneficiar no campo do entretenimento, das artes e da cultura? Nosso objetivo é, além de democratizar o acesso à produção audiovisual nacional, trabalhar com ações sustentáveis que multipliquem a conscientização ambiental”, conclui Cynthia.

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