Dispositivos conectados abrem novas possibilidades de exposição para anunciantes

"Na TV linear, os formatos de publicidade são os filmes de 15, 30 ou 60 segundos, ou ainda algum tipo de interatividade simples. Nas smart TVs, a força da mensagem pode ser maior", disse Luis Bianchi, diretor da Philips, durante o TV.APPs, evento organizado pela Converge nesta terça, 8, em São Paulo. Para o executivo, as plataformas proprietárias dos fabricantes apresentam vantagens e desvantagens em relação à publicidade interativa baseada em Ginga. "O Ginga tem a vantagem do sincronismo, mas é menos democrático, a Internet é mais flexível em termos de formatos", disse. "Precisamos unir o melhor dos dois mundo", completou Bianchi. Para ele, não basta exibir a marca em algum conteúdo das TVs conectadas. "Não faz sentido anunciar nesta plataforma sem ter um aplicativo da marca", disse.

Lilian Viana, da área de inovação do Terra, diz que a conectividade traz a necessidade de reinvenção da televisão, tanto em relação ao conteúdo, quanto aos modelos de publicidade. "Estamos diante de uma ferramenta de comunicação muito potente. Temos uma curva de aprendizado pela frente", disse a executiva. Para ela, as TVs conectadas criam oportunidades novas para o anunciante. "O anunciante pode criar uma estratégia única de publicidade, explorando múltiplas telas. Este desenvolvimento pode se dar em conjunto, entre anunciante, agência, provedor de conteúdo e fabricante de TVs", disse. Segundo Lilian, a área de TV é estratégica no Terra. "Temos equipes exclusivas nas áreas técnicas e editorial", afirma.

A executiva do Terra destaca que é possível segmentar a publicidade nas plataformas móveis entre fabricantes, tipos de equipamentos (blu-ray players conectados ou smart TVs, por exemplo), target etc. "A audiência hoje pode não ser muito grande, mas as previsões para 2015 são muito otimistas", finalizou.

Apps

Ricardo Godoy, da Burtifilmes/ITBN, uma empresa especializada no conceito transmídia, apresentou o case do Chiclets Evolution, que conta com um aplicativo nos televisores inteligentes da LG. Ao contar com um filme interativo, com diversos pontos na narrativa que demanda a interação do telespectador, o aplicativo acaba expondo a marca durante vários minutos, ao invés de apenas alguns segundo. "Do ponto de vista estratégico, acho que as marcas devem marcar uma posição nesta nova plataforma agora, enquanto ainda está em desenvolvimento e com espaço para experimentação. A questão da métrica vem depois", disse.

Fernando Chamis, da Webcore Games, apresentou cases de advergames (jogos ligados a um anunciante) em diversas plataformas. Segundo ele, os jogos podem atingir todos targets, incluindo homes e mulheres adultos. Os jogos permitem um tempo de exposição média da marca de cinco minutos. Em um jogo criado para a marca de absorventes Sempre Livre, Chamis afirmou ter atingido um tempo de exposição médio de 26 minutos, algo impensável em plataforma lineares.

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