Fundos voltam à Justiça para enquadrar Globopar no Chapter 11

O grupo Globo ainda não está totalmente livre do ataque do que chama de "fundos abutre". Os fundos GMAM Investment Funds Trust I, Foundation for Research e WRH Global Securities Pooled Trust avisaram na segunda, dia 8, que vão recorrer à Bankruptcy Court de Nova York (uma espécie de corte de falências) contra a decisão da juíza Prudence Carter Beatty, que negou o pedido dos mesmos fundos para que a reestruturação da dívida da Globopar fosse feita com base no Chapter 11. Trata-se de um capítulo da legislação de falências dos EUA que estabelece uma série de condições para uma empresa em dificuldades financeiras. Os fundos, que a Globopar diz serem todos orquestrados pelo "fundo abutre" W.R Huff, reclamam uma dívida com a empresa de US$ 95 milhões.
Em 19 de janeiro, a juíza decidiu, em audiência conjunta, que os argumentos do grupo Globo eram razoáveis e não aceitou o pedido dos fundos para que o Chapter 11 fosse aplicado. No dia 3 de março a ordem foi oficialmente publicada. Os fundos querem que a Justiça dos EUA seja intermediária na renegociação da dívida da Globopar. A defesa do grupo Globo baseia-se no princípio de que a legislação brasileira é que deve ser aplicada nesse caso e que o grupo não tem ativos nos EUA que justifiquem o enquadramento no Chapter 11. Ainda não há prazo para uma decisão sobre a apelação.
A Globopar não se surpreende com a decisão dos fundos de recorrer, reconhece que esse direito é legítimo e aguarda os próximos passos da Justiça norte-americana sobre o caso para traçar sua estratégia.

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