Grupo Telefónica tem queda de 23% no lucro no primeiro trimestre

O grupo Telefónica anunciou nesta sexta, 9, seus resultados mundiais referentes ao primeiro trimestre. O grupo viu as receitas se manterem praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, com um aumento de 1,5%, para 12,2 bilhões de euros. Esse crescimento é o que a empresa denomina de orgânico, e considera uma comparação entre períodos com as mesmas taxas de câmbio. Se forem consideradas as taxas de câmbio reais nas datas apuradas, a queda nas receitas da Telefónica foi de 13,5%. Considerando o crescimento orgânico, os únicos mercados que apresentaram crescimento foram América Latina (14,8%) e Brasil (0,2%) na comparação trimestre a trimestre. Quando considerado o câmbio, o Brasil foi o mercado que apresentou maior queda de receitas (18,3%).

Já o EBITDA do grupo Telefónica foi de 3,9 bilhões de euros no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 0,5% desconsideradas as variações cambiais e uma queda de 14% quando considerado o fator câmbio. Em termos de margem, o grupo tem, globalmente, margem de 32%, sendo a melhor na Espanha (46,9%) e a pior na Alemanha (22,3%). O Brasil contribui com margem de 31,1% para o EBITDA do grupo.

O lucro líquido do grupo Telefónica no primeiro trimestre foi de 692 milhões de euros, uma queda de 23% em relação ao mesmo período do ano de 2013.

Em termos de investimento, o montante destinado globalmente ao Capex foi de 1,55 bilhão de euros no primeiro trimestre. O Brasil, com 310 milhões de euros de Capex, é o segundo maior mercado recebedor de recursos, atrás apenas da América Latina, cujos investimentos foram de 605 milhões de euros.

Em termos de países em que a Telefónica atua individualmente, o Brasil é a segunda maior operação, representando quase 22% das receitas do grupo, atrás da Espanha, que tem peso de 24,4% nas receitas. Mas o conjunto de operações da América Latina, excluindo o Brasil, representam 28% das receitas. Do ponto de vista de EBITDA, a proporção do Brasil nos resultados do grupo muda pouco (21%), mas a Espanha, em comparação, tem um peso muito maior (35,6%), dadas as altas margens registradas naquele país, onde atua como incumbent.

A dívida do grupo está em 42,7 bilhões de euros, uma redução de quase 6% em relação ao que era no primeiro trimestre de 2013.

Operação

Do ponto de vista operacional, o grupo Telefónica chegou ao final do primeiro trimestre com 306,8 milhões de clientes residenciais (queda de 15% em relação ao primeiro trimestre de 2013). As maiores perdas de base do grupo se deram em telefonia fixa, onde a Telefónica perdeu, globalmente, quase 1,3 milhão de clientes, ou 5,5% de sua base em relação ao que tinha em março de 2013. Mas também no segmento de banda larga a Telefónica perdeu muitos clientes. Eram 18,6 milhões de clientes de banda larga em março de 2013 contra 17,6 milhões em março de 2014, uma queda de 5,6%. Os assinantes de TV por assinatura no primeiro trimestre eram 3,57 milhões, um aumento anual de 7,9%, e os assinantes de serviços móveis ficaram praticamente estáveis em 247,5 milhões, com destaque para o crescimento de 16% no segmento de M2M e 4% nos acessos pós-pagos.

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