Publicidade
Início Newsletter (Pay-TV) Telefônica tem aumento na receita no primeiro trimestre com avanço dos dados

Telefônica tem aumento na receita no primeiro trimestre com avanço dos dados

Graças ao desempenho dos serviços de acesso à Internet móvel e fixo, a Telefônica avançou na receita no primeiro trimestre, de acordo com balanço financeiro divulgado pela companhia nesta terça-feira, 9. O resultado é fruto da estratégia da empresa de focar no pós-pago e no acesso 4G, além de se dedicar à ampliação da cobertura com fibra (FTTx), embora tenha apresentado investimento menor em redes. A TV paga, porém, continua não sendo o foco e registrou queda no período.

A receita operacional líquida aumentou 1,5% no comparativo anual, totalizando R$ 10,590 bilhões. A receita operacional líquida de serviços é a maior responsável por esse total, com R$ 10,334 bilhões, aumento de 2%. Por sua vez, o serviço móvel foi o responsável pelo avanço, já que totalizou R$ 6,208 bilhões, crescimento de 5%, enquanto os serviços fixos caíram 2,2% e totalizaram R$ 4,126 bilhões. A receita líquida de aparelhos caiu 15,2% e totalizou R$ 255,9 milhões.

No serviço móvel, vale ressaltar o crescimento de 37% em dados e serviços digitais (total de R$ 4,258 bilhões). Basicamente por conta da Internet, que totalizou R$ 3,394 bilhões, um avanço de 56%. Conseguiu compensar o desempenho dos serviços digitais (R$ 491,8 milhões) e do SMS (R$ 372,8 milhões), que caíram 12% e 2,5%, respectivamente. As receitas de voz sainte e interconexão apresentaram quedas de 31,6% e 23,6%, totalizando R$ 1,672 bilhão e R$ 272,7 milhões, também respectivamente.

A receita de serviços fixos ainda é composta em maior parte pela voz: R$ 1,796 bilhão, queda de 7,9%. A banda larga é o segundo maior serviço, com R$ 1,064 bilhão, aumento de 11,4% – a Telefônica destaca que a ultra banda larga representa 60,8% desse total (e com crescimento de 16,7%). O segmento de dados corporativos e TI somou R$ 574,4 milhões, aumento de 1,9%; enquanto a receita de TV por assinatura avançou 0,5%, total de R$ 478,6 milhões. As receitas de interconexão, com impacto da queda da tarifa (TU-RL e TU-RIU), caíram 51,4% e ficaram em R$ 50,4 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) caiu 7,2% no trimestre, fechando março em R$ 3,513 bilhões. A margem EBTIDA caiu 3,1 pontos percentuais (p.p.), ficando em 33,2%. Sem considerar o efeito não recorrente da venda de torres no primeiro trimestre do ano passado, o EBTIDA recorrente mostrou avanço de 7,3%, enquanto a margem subiu 1,8 p.p..

O lucro líquido da Telefônica foi de R$ 996,2 milhões, queda de 18,2%. Novamente desconsiderando a venda de torres, o desempenho foi 13,3% superior ao registrado em igual período em 2016.

Houve uma queda de 11% nos investimentos no trimestre, totalizando R$ 1,328 bilhões direcionados à ampliação da capacidade de rede e cobertura 4G e aumento da penetração do FTTx. Desse montante, R$ 1,193 bilhão foi destinado para infraestrutura de rede (queda de 10,2%). A relação entre Capex e receita operacional líquida ficou em 12,5%, 1,8 p.p. abaixo do ano anterior.

A dívida líquida da Telefônica em 31 de março era de R$ 4,594 bilhões, uma redução de 2,9% em relação a março de 2016. A relação dívida líquida/EBTIDA foi de 0,33.

Operacional e serviço móvel

A companhia fechou março com quantidade de acessos estável em relação ao ano anterior: 97,236 milhões. Os acessos móveis cresceram 1% e ficaram em 73,997 milhões, mas os fixos caíram 3% e totalizaram 23,239 milhões.

Dentro do universo móvel, o pós-pago cresceu 8,2%, com 33,825 milhões de acessos em março. Excetuando as conexões máquina-a-máquina (M2M) e de modems e tablets (ou seja, apenas de handsets), o total foi de 26,450 milhões, um avanço de 9,8%. Os acessos M2M totalizaram 5,279 milhões de linhas (avanço de 20,1%). Já o pré-pago recuou 4,4%, somando 40,171 milhões de acessos. A companhia atribui isso à migração para planos controle e pós-pagos, além de política restritiva de desconexão de inativos da Anatel.

Apesar do foco na migração, o market share da empresa neste segmento caiu 0,4 p.p., ficando em 42% em março. No total, porém, a Vivo ampliou a liderança em 2,1 p.p., ficando com 30,5%. A companhia afirma ainda ter 34,5% de share em 4G em março e que, nesse período, 80% da base possuía smartphone ou webphones, um avanço de 4,1 p.p..

A receita média por usuário (ARPU) mensal foi de R$ 28, avanço de 4,1%. A ARPU de voz caiu 31,1% (ficou em R$ 8,8), enquanto o de dados subiu 35,8% (R$ 19,2). A companhia detalha a média por modelo de plano: ARPU de pós-pago (sem M2M) ficou em R$ 52 (3,8% acima no comparativo anual), enquanto a de pré-pago caiu 2,1% e ficou em R$ 13,6.

Serviços fixos

A Telefônica encerrou março com avanço de 1,7% na banda larga fixa, totalizando 7,336 milhões de conexões. Desse total, 57,6% são de acessos com fibra (FTTx), ou 4,227 milhões, aumento de 6,9%. A companhia afirma que 959 mil conexões são de fibra até a residência (FTTH), avanço de 38,5% em relação a março de 2016. As demais tecnologias recuaram 4,6% e somaram 3,109 milhões. A empresa afirma que a unificação dos sistemas de CRM de clientes fixos Vivo e GVT permitiu refinamento da segmentação, gerando “algumas reclassificações históricas na evolução de acessos entre tecnologias em 2016”.

A operadora registrou queda de 4,7% na base de voz fixa, que contabilizou 14,242 milhões de acessos. A maior queda, porém, foi na TV paga: 7%, totalizando 1,661 milhão de acessos. A companhia destaca avanço de 57,1% nos acessos IPTV, ressaltando “estratégia mais seletiva” para este serviço para oferecer “melhor experiência para o cliente e otimizar a rentabilidade deste negócio”.

Ainda assim, a ARPU da TV por assinatura cresceu 6,6%, ficando em R$ 94,7. O da banda larga também aumentou: 9,2%, média de R$ 48,6. Já a ARPU de voz caiu 3,4%, ficando em R$ 41,9

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile