DirecTV GO quer se tornar uma empresa tech e "resolver problemas por meio da tecnologia"

A DirecTV GO chegou ao Brasil em dezembro de 2020 se posicionando no mercado como uma plataforma de streaming com programação nacional e internacional, ao vivo e on demand, em um mesmo aplicativo, que pode ser acessado de diferentes devices. Sem abrir resultados, Gustavo Fonseca, presidente da DirecTV GO, afirmou durante o PayTV Forum 2021 nesta segunda-feira, dia 9 de agosto, que a empresa está "muito contente com os números", e que eles estão crescendo mês a mês em todos os territórios – especialmente no Brasil.

Fonseca aposta forte no modelo de negócio da marca e afirma: "Com o passar do tempo, novas gerações vão se acostumar com o conteúdo da Pay TV tradicional em novos formatos. Haverá uma disputa saudável no mercado para ver quem oferece a melhor experiência nesse sentido. É algo que acontece no entretenimento de modo geral". Para o executivo, o Brasil, onde ele diz observar um crescimento mais robusto da DirecTV GO, é um mercado mais preparado para o OTT. Além da penetração de banda larga como uma das razões para tal, ele afirma que o brasileiro também é mais afeito a plataformas digitais em todos os outros serviços, como bancos e transporte, por exemplo. "Nossa economia é aberta, tem muita disputa no mercado brasileiro – mais do que nos outros países da América do Sul. Estamos surfando nessa onda no Brasil e fazendo de tudo para crescer nos outros mercados", aponta.

O presidente garante que o conceito da DirecTV GO é muito fácil de entender: "É como um shopping, um lugar onde o público se entretém. É um conceito fácil de entender principalmente para quem está vivendo essa transformação digital ou é nativo digital. Agora, o desafio é orquestrar todos esses entretenimentos, mais do que apenas agregar". 

Fonseca aponta que no país existe uma proliferação de ISPs de alta qualidade – característica bem particular do Brasil. "São parceiros importantes e estamos tentando acelerar o crescimento da nossa marca junto deles. Há dificuldades de encontrar modelos de rentabilização – esse é um dos desafios, mas não o único. Alguns têm acordos com outros players do mercado, que têm seus próprios OTTs, que por outro lado também tentamos agregar. Precisamos evitar esse bate-cabeça. São muitos os desafios, mas é uma enorme oportunidade", conclui. 

Empresa tech 

Se tornar uma empresa tech é o grande passo que a DirecTV GO quer dar em termos de inovação. Na prática, isso significa trabalhar mais com inteligência de dados, especialmente para oferecer boas recomendações aos usuários. "Já fazemos isso, mas ainda falta muito nesse sentido. Precisamos pensar em como resolver problemas por meio da tecnologia – esse é nosso objetivo". 

Audiência 

Fonseca afirma que, ao contrário de alguns serviços de OTTs, a DirecTV GO não depende de grandes entradas de conteúdo – como competições esportivas específicas, temporadas de séries e novos reality shows, por exemplo – para manter a audiência. "Nossos parceiros que produzem conteúdo são excelentes, todo dia tem coisa nova. Não vivemos esses picos e vales de audiência que ouvimos falar nos apps. Nosso negócio não é ir atrás desses picos. Nos posicionamos como TV e streaming juntos porque estamos sempre com coisas boas, tanto no linear quanto no não-linear. Uma das coisas que tentamos fazer é indicar coisas lineares quando a pessoa entra na plataforma. O desafio é indicar o certo", finaliza. 

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