Minicom agora fala em "Fast Fust" para viabilizar fundo

O Ministério das Comunicações (Minicom) continua empenhado em encontrar uma solução para utilizar os recursos que somam mais de R$ 4 bilhões do Fundo de Universalização de Telecomunicações (Fust). "Uma opção que estamos estudando com seriedade é o 'Fast Fust'", afirmou o secretário de telecomunicações do Minicom, Mauro Oliveira. Sem dar detalhes, Oliveira disse apenas que o 'Fast Fust' é uma das várias alternativas que o Minicom vem estudando para que os recursos sejam aplicados. "É uma situação que nos angustia, mas as idéias estão bem quentes e esse ano vamos ter novidades. Estamos prestes a encontrar uma estratégia para o uso do Fust."
Ainda de acordo com o secretário, a idéia de repassar os recursos diretamente para programas de governos municipais, estaduais ou federais que se enquadrem nas regras da Lei Geral de Telecomunicações continua sendo estudada. "Estamos testando a relação com os municípios, mas não há nada pronto", comenta Oliveira.
Na opinião do secretário, o Fust precisa de um movimento que não pode ser apenas do governo. "É um imbróglio tão grande que precisa do apoio da sociedade. Se tem um maior número de pessoas, prefeituras e entidades envolvidas, cria uma pressão natural e fica mais fácil para o ministro negociar."

Inclusão digital

Para o secretário Mauro Oliveira, a sociedade não pode prescindir de um modelo eficiente de inclusão digital. "O desenvolvimento do Brasil depende de um grande modelo de inclusão digital". Por isso, para Oliveira, o projeto do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) não é perda de tempo. "Estamos em busca de um modelo que tem um requisito que os outros não têm: a inclusão digital. Estamos adquirindo conhecimento para um modelo próprio, mas sem fechar as portas para negociação", avalia. De acordo com Oliveira, o Brasil poderá optar por um modelo híbrido, ter um sistema próprio e negociar a compra de componentes que não teriam escala para ser fabricados nacionalmente. "Na Embraer, 70% das peças são importadas, mas o projeto é um orgulho nacional". Ele pontua ainda que "o governo está apenas perguntando a seus pesquisadores quais são as possibilidades, sem xenofoa, mas o fato é que ninguém transfere tecnologia e o nosso desejo é que o Brasil seja um quintal tecnológico".
As 79 instituições que trabalham na elaboração do SBTVD têm até o dia 10 de dezembro para concluir os estudos.
O secretário Mauro Oliveira esteve em São Paulo nesta terça, 10, para o lançamento do evento "InfoBrasil TI & Telecom", que acontecee de 30 de maio a 3 de junho em Fortaleza (CE).

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