Atletas de Free Fire do AfroGames GE voltam às aulas

Neste fim de semana, os alunos do AfroGames GE retomam às suas atividades no projeto, criado pelo grupo cultural AfroReggae em conjunto com a Chantilly Produções. Para esse ano, a iniciativa irá contemplar 14 atletas com bolsas no valor de um salário mínimo, além de uniformes, apoio psicológico e treino de condicionamento físico para terem toda a infraestrutura e suporte para se desenvolverem como pro players, uma nova profissão que emerge com a ascensão dos eSports no Brasil. Com foco na formação em modalidades como LOL, Fortnite e Free Fire, os alunos se prepararam para a disputa em torneios virtuais e ainda recebem uma série de benefícios que incluem acesso à internet de alta qualidade e a computadores de última geração, à lógica de programação e ao ensino de línguas estrangeiras. Além da volta às aulas, neste evento será anunciado o início das obras para a abertura de dois novos núcleos AfroGames no Complexo da Maré. Ou seja, em 2022 o projeto terá uma ampliação das ações para 350 jovens de favela. 

Em março de 2022, a equipe de Free Fire formada na parceria entre AfroGames e ge esports – o AfroGames GE – disputou seu primeiro campeonato. A equipe participou do 2º Presencial da Comissão Organizadora de Esportes Eletrônicos (COEE), e já na estreia quase conseguiu uma classificação para as finais do torneio. Com 22 pontos em três quedas, o elenco ficou em 7º lugar no grupo A, uma posição apenas atrás da linha de corte para a disputa do título.   

Conscientização e respeito à diversidade nos games 

A ideia da formação do AfroGames surgiu em decorrência da defasagem da atuação de gamers negros nos segmentos eSportivos. Além disso, tem o objetivo de combater os casos de racismo e misoginia no ambiente gamer. A união entre Afrogames e ge esports também se ocasionou a partir da iniciativa lançada em 2021 pelo ge da realização de uma campanha com foco na conscientização antirracista e a favor da inclusão da diversidade nesse meio, a partir de campanhas que simularam situações de racismo durante os jogos e que também expunham o risco das consequências na vida real.       

Paralelamente a isso, no mesmo ano, o Afrogames também promoveu mais de 800 horas de treinos só com o time de LOL e a sala de streaming do centro recebeu cerca de 1600 agendamentos. 

Atualmente, são 16 profissionais diretamente envolvidos com o projeto e já foram investidos mais de 200 mil reais só em equipamentos. Além do preparo para os jogos, o projeto também contempla quatro bolsistas para a formação em produção de conteúdo gamer, tornando-os além de jogadores, criadores/desenvolvedores na internet.  

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