Apro lança código de conduta e engrossa o movimento contra BV de produção

A Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) lançou seu novo Código de Conduta, composto por um conjunto de regras de compliance, que, a partir de agora, serão aplicadas a todos os membros da entidade – novos ou já participantes.

O documento, que foi aprovado pelos associados presentes em Assembleia Geral realizada no início de março, traz normas mais rígidas, que incluem uma atuação mais contundente contra produtoras que pratiquem a política de pagamento do BV de produção. A partir de agora, todas as associadas terão de abolir essa prática, sob pena de passarem por um processo de sindicância e serem excluídas da entidade.

De acordo com o novo código, as associadas ficam obrigadas a "obedecer a proibição de remeter qualquer repasse às agências e ou anunciantes, a título de comissionamento, agenciamento ou qualquer modalidade de prestação de serviços, sem a expressa anuência contratual, sob pena da devolução do referido valor, além das punições previstas no estatuto da associação".

Os associados foram informados das novas regras e tiveram um mês para posicionar a Apro se estavam ou não de acordo com elas. As produtoras que não estiverem de acordo não poderão mais integrar o quadro de associados da entidade. Ao longo do mês de março, foi realizado um processo de recadastramento, encerrado no último dia 30. De aproximadamente cem associados, 81 optaram por permanecer na associação e fazer cumprir o novo código.

Segundo a Apro, a lista é provisória, estando sempre aberta à entrada de associados e sendo atualizada a cada nova adesão. Os interessados poderão conhecer o Código de Conduta e a lista completa acessando o site www.apro.org.br.

Conselho consultivo

A Apro também acaba de fazer mudanças na estrutura de seu conselho consultivo. Foram abolidas as vice-presidências temáticas e, em seu lugar, empossado um novo conselho, formado por 15 titulares e 15 suplentes. O novo conselho é formado por Paulo Schmidt (Academia de Filmes), Eduardo Tibiriçá (Bossa Nova), Carlos Righi (Cia de Cinema), Raul Dória (Cine Cinematográfica), Renata Brandão (Conspiração Filmes), Mário Peixoto (Delicatessen/Your Mama), Leyla Fernandes (Honey Bunny), Alex Mehedff (Hungry Man), Julia Tavares (Killers), João Daniel Tikhomiroff (Mixer), Rejane Back Bicca (O2 Filmes), Egisto Betti (Paranoid), Francesco Civita (Prodigo Filmes), Marcelo Altschuler (Saigon) e Sergio Salles (Vetor Zero). Já os suplentes são, respectivamente: Taís Caetano (Academia de Filmes), Sandra Maria Othon Teixeira (Bossa Nova), Marcia Fabrício (Cia de Cinema), Claudia Gutierrez Caldeira (Cine Cinematográfica), Fábio Brandão (Conspiração Filmes), Breno Castro (Honey Bunny), Renata Correa (Hungry Man), Norma dos Santos (Killers), Hugo Mattos Janeba (Mixer), Carlos Betti (O2 Filmes), José Renato Ordine (Paranoid), Chico Pedreira (Prodigo Filmes), Carol Pessini (Saigon), Alberto Lopes de Oliveira Júnior (Vetor Zero) e Mayra Auad (Your Mama).

Evento

Em meio ao reposicionamento, a Apro também prepara o 4º Fórum de Produção, que está previsto para o segundo semestre deste ano. Serão discutidos novos modelos de contratos referenciais, incluindo assuntos que retratam a nova realidade do mercado da produção publicitária, como branded content. O 4º Fórum também trará um novo formato, abrindo espaço para palestras e mesas de trabalhos com temas mais abrangentes e pertinentes ao universo da produção audiovisual.

Entre as pautas já selecionadas, está o debate sobre ajuste dos prazos de pagamento (especificamente para filmes publicitários). O tema há muito assombra o setor, já que, nos últimos anos, os prazos têm se tornado cada vez maiores e mais estendidos. Durante uma produção, as produtoras acabam atuando como organizadoras de processos, reunindo e coordenando profissionais e fornecedores e, consequentemente, tendo que lidar com uma grande quantidade de desembolsos imediatos. Por isso, negociar prazos mais céleres junto aos contratantes torna-se ponto crucial para a saúde financeira das produtoras. Ao levar este tema para o Fórum, a intenção da Apro é que todos os atores envolvidos neste processo (produtoras, agências, clientes, profissionais e fornecedores) possam debater e chegar a soluções que ajudem a viabilizar, de uma forma mais equilibrada, os filmes publicitários.

Veja quais são as associadas da Apro:

511 Filmes Abafilmes Academia de Filmes
Alice Filmes Bando Studio Barry Company
Big Bonsai Bossa Nova Films Bravura Cinematográfica
Casablanca Cia de Cinema CINE Cinematográfica
CineGroup Cinemá Produções Clan vfx
Conspiração Filmes Consulado Deiró Moving Ideas
Delica Digital Delicatessen Filmes D21
Dinamo Filmes Dogs Can Fly Domo Produções
Fábrika Filmes Fantástica Filmes Fat Bastards
Filmart Filmes Fulano Filmes Geral Filmes
Gos Catala Filmes Hogarth Produção Honey Bunny
Hungry Man Iconoclast Killers
La Casa de La Madre Landia Latitude Filmes
Leybol Packshot House Lobo Filmes
Lux Filmes Malagueta Mambo Jack Filmes
Mínima Mixer Movi&Art
Moove House New Content Nove90
O2 Filmes Oca Animation Ocean Films
Paranoid BR Piloto Popcon Produções
Prodigo Films Produtora Associados Rebolucion
Saigon Sanfona Filmes Santa Transmedia
Sentimental Filme Shinjitsu Filmes Side
Spray Filmes Stink Studio Polegar
Tevezê Filmes Trator Filmes Tribbo Post
TVC Utopia Films Vapt Filmes
VCA Filmes Vetor Filmes Volcano Hotmind
Your Mama Films Zeppelin Filmes Zohar Cinema

 

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