Netflix já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em conteúdo brasileiro

Executivos da Netflix Brasil no palco do Rio2C (Foto: Fernanda Dias e Albert Andrade/ Netflix)

A Netflix comandou uma apresentação no Rio2C 2023 nesta quarta-feira, dia 12 de abril, onde celebrou sua trajetória de dez anos no país em parceria com a comunidade criativa. A grande novidade do painel foi o anúncio de "Pedaço de Mim", primeiro melodrama da Netflix no Brasil, que inicia gravações em maio. Quem subiu ao palco para falar em primeira mão foram os protagonistas Juliana Paes e Vladimir Brichta, a criadora e roteirista Angela Chaves e o diretor Maurício Farias.

Elizabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da Netflix Brasil, abriu a apresentação contextualizando que, quando a Netflix começou a trabalhar no Brasil, o streaming ainda era um novo terreno a ser explorado. "Aprendemos muito com nossos erros e trabalhamos em constante evolução. Investimos mais de um bilhão e meio de reais em conteúdo brasileiro e vemos o impacto disso através do sucesso das nossas produções. 2022 foi o ano em que os assinantes passaram mais tempo vendo filmes e séries brasileiras na Netflix e, no começo de 2023, estreamos a minissérie "Todo Dia a Mesma Noite", que é um dos nossos maiores sucessos nacionais até agora", celebrou. 

O time de principais executivos da Netflix Brasil – Haná Vaisman, diretora de séries de ficção; Gilberto Toscano, diretor de negócios e assuntos jurídicos; Cláudia Alves, gerente de desenvolvimento de talento criativo; Elisa Chalfon, diretora de não-ficção; Aline Lourena, gerente de filmes; Alessandra Casolari, diretora de pós-produção; e Samantha Santos, diretora de produção, além de Zenatti, subiram ao palco para uma conversa sobre os bastidores das dinâmicas de trabalho na Netflix e as particularidades de cada área. 

Toscano, por exemplo, falou sobre os modelos de negócio da Netflix, que são divididos em licenciamento e desenvolvimento de original; Haná, por sua vez, comentou que em relação às séries, a plataforma busca histórias impactantes, com potencial de atingir um público amplo, e que tenham originalidade, visão criativa, conexão com o Brasil e sejam fundamentalmente obras de entretenimento; Elisa pontuou que projetos de não-ficção não possuem uma fórmula única, e que a empresa, quando recebe um projeto, espera que ele venha com uma visão criativa e inovação, algo que ainda não tenha sido visto nesse espaço; Já Aline explicou que os filmes devem ter personalidade, expressar a visão criativa do autor e potencial de gerar uma conexão com a audiência, isto é, um bom motivo para que o projeto seja feito no Brasil. "A estratégia de filmes para o futuro consiste em continuar oferecendo uma ampla oferta de títulos abertamente comerciais e também de autor, que tragam reflexões e debates para a sociedade. Nesse aspecto, ampliar a variedade de gêneros e tipos de filmes está no nosso radar. Concorremos com filmes no nosso próprio catálogo, por isso é importante que o filme, desde os minutos iniciais, chame a atenção da audiência", desenvolveu a gerente de filmes da Netflix Brasil. 

"Produção é desafio, e corremos para alcançar a excelência do show. Atuamos muito próximos da produtora parceira e, juntos, transformamos a história em realidade", afirmou Samantha Santos, diretora de produção. "Fazemos trocas constantes com a Netflix do mundo inteiro para trazer práticas e inovações lá de fora para o nosso dia a dia, isso estimula o que podemos fazer de diferente", completou. Alessandra Casolari, diretora de pós-produção, acrescentou: "É empolgante trazer e adaptar soluções de última geração usadas no mundo inteiro aqui para o Brasil. Cada vez mais temos investido em projetos com execuções audaciosas". 

À frente do desenvolvimento de talento criativo, Cláudia Alves contou que os planos da Netflix em 2023 envolvem trabalhar com talentos de produção executiva, roteiristas e líderes criativos, o chamado showrunner, entre outros. Até agora, o departamento já acelerou e desenvolveu mais de 500 profissionais por meio de diferentes programas. Entre os destaques, o "Segundo Ato", programa de aceleração para roteiristas negros e de povos originários, e o "Impulso", para diretores no início de carreira. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui