O grupo Hicks, Muse, Tate & Furst não parece ter desenhada uma estratégia única para o Brasil. É verdade que faria todo sentido a compra do Corinthians numa futura negociação por direitos esportivos para TV, sobretudo para TV paga onde a empresa é sócia da TV Cidade. Também faria sentido a proximidade do Hicks com a Traffic, empresa de marketing esportivo gestora da programação de esporte da TV Bandeirantes (sócia da TV Cidade). Segundo apurou PAY-TV Real Time News, contudo, são todos movimentos que vêm acontecendo independentemente, podendo um dia convergir. Segundo fontes ligadas ao Hicks, Muse e também de acordo com J. Hawilla, presidente da Traffic, que intermediou a compra do Corinthians pelo grupo texano, os negócios esportivos ainda não têm relação com o negócio em TV. Contudo, vale lembrar o exemplo da Argentina, onde a entrada do Hicks na Cablevision teve como desdobramento a compra da Torneos y Competencias, empresa que controla os principais direitos esportivos daquele país. Comenta-se também que no Brasil o Hicks seria sócio da Traffic, o que é desmentido por Hawilla. Por fim, no evento da ABTA de 1998, Julio Gutierrez, representando a BGS (empresa argentina que gerencia os negócios em TV paga do Hicks na América Latina), foi enfático ao dizer que sem direitos esportivos não se faz TV por assinatura.