Futuro incerto da TV Brasil ameaça digitalização da rede da TV Cultura

A digitalização da rede de retransmissão da TV Cultura no estado de São Paulo deve custar cerca de R$ 25 milhões. São 206 estações espalhadas pelo estado, transmitindo hoje apenas com sinal analógico. Segundo Marcos Mendonça, presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da emissora pública, havia um acordo com a TV Brasil através do qual a emissora pública federal arcaria com esse custo, em troca do uso dos sites de transmissão da rede estadual para o seu próprio sinal. "Nós entraríamos com a infraestrutura já instalada e com equipe técnica", explica. No entanto, o acordo depende do futuro da TV Brasil, que é incerto e depende muito de como acaba a interinidade do Governo Federal.

"Acho que a rede é de grande valor para a EBC, para divulgar o trabalho do governo. É uma área onde a NBR não tem presença", diz Mendonça, já trabalhando com a hipótese de não haver uma expansão territorial do sinal da TV Brasil.

Caso não haja continuidade na parceria, há um plano B, muito mais trabalhoso para a TV Cultura, mas que pode trazer um benefício para a emissora paulista. Segundo Mendonça, uma hipótese é substituir a rede de retransmissoras, ou pelo menos parte dela, por uma rede de afiliadas. "Há fundações e universidades no estado que podem contar com a programação da TV Cultura e gerar conteúdo para completar a grade", explica Mendonça. Nesse modelo, além de distribuir a sua programação, a TV Cultura passa a ter uma presença local em todo o estado para a geração de conteúdo. "O problema é encontrar e negociar com os parceiros. Muitas dessas fundações alugam horário na grade, e isso não está de acordo com os valores da TV Cultura", explica.

Capital

Na capital, a emissora pública também encontra uma dificuldade para o switch off analógico. Segundo o diretor técnico da TV Cultura, Gilvani Moletta, o problema está na realocação dos canais que também são transmitidos da torre da emissora localizada no bairro do Sumaré. A movimentação destes canais no espectro impacta em mudanças físicas em suas antenas, o que pode inviabilizar sua presença na torre atual. "Estamos propondo a adoção de uma antena compartilhada no local", explica Moletta.

A torre da TV Cultura hoje transmite os sinais analógicos da própria TV Cultura, da TV Brasil e da Rádio Cultura FM. Além disso, são irradiados de lá os sinais digitais da TV Cultura, TV Brasil, TV Câmara, TV Assembleia SP, TV Senado, TV Câmara SP, TV NBR, TV Justiça, Ponto Jus, TV Escola e Canal Saúde.

5 COMENTÁRIOS

  1. com relacao a digitalizacao das afilidas ou retransmissoras da tv cultura ja esta dificil e contando com a ajuda da tv brasil pior ainda estara.
    a TV Culturade Manaus que retransmite o sinal da Tv Brasil somente mudou o sinal de analogico para digital e quanto a digitalizacao para sinal Digital HD esta sem previsao e sem orçamento fora a condicao precaria de seu sinal de baixa qualidade e alcance, se dpepender do governo federal nada ira ocorrer de melhoria.
    vamos agurdar uma mudanca neste pessimo quadro nacional..

  2. TV Escola, Canal Saúde e NBR são multiprogramados na frequência da TV Brasil. Desde 2015 há um esforço de otimizar recursos e viabilizar os canais do poder executivo em sinal aberto com o menor custo possível e qualidade.

  3. temos aqui na paraiba a tv itararé que, deseja expandir o sinal da cultura em hd para joao pessoa e cidades do sertaõ ,mas a tv miramar naõ investe ,nao abre maõ da cultura e está atrapalhando a tv cultura na paraiba,pois a tv itararé de campina grande que fazer investimentos em hd na capital e esbarra na burucracia ,bem que a cultura poderia dar uma força a tv itararé pois eles querem invsetir,e esbarra na tv miramar da capital que naõ investe e não deixa a itararé entrar em joão pessoa

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