Para TIM, licitação da faixa de 2,5 GHz deve ser desvinculada de tecnologia

O leilão da faixa de 2,5 GHz pode pesar no bolso das operadoras, caso o governo insista em licitar esse pedaço de espectro nos próximos meses. Para o presidente da TIM, Luca Luciani, o adiamento da venda da faixa ajudaria as empresas do setor a focar seus investimentos na ampliação de redes de fibra óptica em regiões como o Norte e o Nordeste, por exemplo.

A proposta da TIM é que no lugar do LTE se construam redes Wi-Fi para atender à demanda de dados (e, sobretudo, de vídeos) da Copa do Mundo e das Olímpiadas. "Cada lugar que tem uma concentração de pessoas elevada pode ser bem servida com o Wi-Fi. Vai haver uma concentração elevada de pessoas por um tempo bastante curto, então ter uma rede Wi-Fi forte ajuda muito", diz ele. Segundo Luciani, esse projeto já está sendo desenvolivdo pela TIM, em parte tendo como base a capilaridade das redes de fibra (5,5 mil quilômetros) herdadas com a compra da AES Atimus, porém o executivo preferiu não dar mais detalhes.

Sobre a licitação do 2,5 GHz no curto prazo, como pretende realizar a Anatel, Luciani disse que "uma reflexão precisa ser feita". "Disponibilizar uma tecnologia nova a cada três anos é uma complexidade grande", afirma. À primeria vista, a proposta da TIM parece contraditória em um momento onde o setor em uníssono pede por mais espectro". Luciani explica, entretanto, que o problema é a associação das faixas a determinadas tecnologias. "O espectro é agnóstico. Fazer uma associação com determinada tecnologia é colocar um gargalo a mais. Uma coisa é falar de tecnologia, outra coisa é falar de espectro". 

A operadora também destacou a importância de se discutir o uso da faixa de 700 MHz, que permitiria uma cobertura mais eficiente com um menor custo pelas operadoras em relação aos serviços de 2,5 GHz.

Entretanto, as reclamações do principal executivo da TIM podem não ser atendidas, já que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o governo tratam o tema como prioritário, por conta da Copa do Mundo 2014. De acordo com o conselheiro João Rezende, o conselho diretor da agência deve votar e aprovar a licitação da faixa de 2,5 GHz até o final deste mês.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui