Animação infantil goiana "A Ilha dos Ilus" estreia nos cinemas nesta quinta, 14

Pocó é o personagem principal de "A Ilha dos Ilus" (Foto: Divulgação)

Nesta quinta-feira, dia 14 de setembro, estreia nos cinemas a animação nacional "A Ilha dos Ilus", uma produção da Mandra Filmes, de Goiás, com direção de Paulo G.C. Miranda e distribuição da Elo Studios. 

"A Ilha dos Ilus" é uma terra fantástica que esconde os segredos da criação do reino animal. Lá, o público conhece Pocó, que está pronto para nascer e viver seus melhores dias de cachorro, até que é enviado para uma família errada e precisa voltar onde tudo começou. Mas Pocó não desiste facilmente e fará de tudo para encontrar uma passagem secreta com a ajuda de um grupo de animais rejeitados da Ilha. Ele só não previa que uma força maligna também estaria em busca desta passagem para entrar na Ilha e tomar o poder. Assista ao trailer: 

"O público infantil é especial. Para permanecer assistindo a um filme durante uma hora e meia, a criança precisa ver sentido naquilo. Criança é muito sensorial. Para ela, a trama tem que ser simples, e por isso buscamos orientação nas fábulas. 'A Ilha dos Ilus' é um filme que flerta com elas. As fábulas trazem isso: uma trama simples, mas com uma mensagem profunda. O filme tem momentos de mais agitação, com cenas onde muita coisa acontece ao mesmo tempo, e outras sem tantas movimentações, mais sensoriais mesmo. Para dialogar com esse público, consultamos pedagogos constantemente, justamente para entender como a criança percebe certas coisas. Descobrimos que a parte sensorial e auditiva é muito importante. Trabalhar a narrativa é fundamental, mas não só. Precisamos explorar outras formas de percepção que vão além da racional", contou o diretor Paulo G.C. Miranda em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

Miranda também ressaltou que, apesar do longa trazer uma série de mensagens relevantes para as crianças, eles não quiseram ser panfletários, no sentido de parecer que está querendo ensinar algo. "Quando o valor é verdadeiro, ele naturalmente aparece", avaliou. "A história fala sobre diversidade e de forma orgânica deixa claro como ela é positiva e o porquê. Grupos diversos trazem visões de mundo diferentes e experiências que se complementam. É sobre empatia, o se colocar no lugar do outro. Os personagens percebem que se sentem exatamente do mesmo jeito quando estão tristes, felizes ou rejeitados, ainda que a maneira com que lidem com esses sentimentos seja diferente. O filme mostra essa diversidade que nos completa e também evidencia o que nos conecta. São debates profundos, mas que ali aparecem de uma forma natural", afirmou. 

Filme infantil x Filme família 

O diretor também enfatizou as diferenças entre um filme infantil, que é o caso de "A Ilha dos Ilus", e um filme para a família. "A gente vem sublinhando essa diferença porque existe uma certa imprecisão aí. Para conversar com a família, a trama tem que envolver todo mundo, dos cinco aos 98 anos, e isso é difícil. Precisa ter nuances que os adultos vão entender, uma certa acidez para cativar os adolescentes… E, muitas vezes, acontece da criança perder a conexão quando o filme é família. Ela não tem experiência de vida o suficiente para entender certas questões de enredo e simbolismos visuais. Por isso existe o filme infantil e o filme família, são coisas distintas", explicou. "Nos cinemas, é muito raro ter filme infantil, isto é, para crianças abaixo dos oito anos. Então elas acabam assistindo aos filmes famílias e podem não se interessar tanto", concluiu. 

Acessibilidade 

A animação conta com acessibilidade por meio do aplicativo MovieReading. O app gratuito é compatível com IOS e Android e possibilita ao usuário baixar legendas, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição em língua portuguesa (PTBR) de forma sincronizada, em tempo real, com a exibição do filme.

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