Portais sugerem novos formatos e métricas para alavancar publicidade em vídeo online

Para oferecer vídeos gratuitamente aos usuários com base no modelo de publicidade e fazer deste negócio uma atividade lucrativa é preciso que o mercado crie novos formatos e métricas. Essa é a opinião dos representantes dos portais UOL, Terra e MSN, que participaram na manhã desta terça-feira, 14, do Congresso TV 2.0, promovido pela Converge Comunicações em São Paulo.
Segundo Pedro Rolla, diretor de mídia do Terra para América Latina, para que a Internet conquiste um fatia maior do bolo publicitário com base na oferta de vídeos é preciso diversificar o formato. "Em um futuro próximo, a publicidade no vídeo deve ir além dos cinco ou 30 segundos. Surgirão novas categorias como patrocínio de grandes eventos. Faltam também para o mercado publicitário dados de mercado mais consistentes, reports mais profissionais", observa.
Andrea Fornes, produtora executiva do MSN, concorda que os veículos precisam criar novos formatos e o mercado como um todo ainda precisa amadurecer. Ela adianta que a Microsoft deve lançar novos modelos nos próximos dois meses. "Um serviço nosso bastante utilizado hoje é o compatilhamento de vídeos por usuários do Messenger. Os anunciantes têm se interessado bastante pelo patrocínio destes vídeos, com um selo que fica no player durante toda a exibição. Já tenho espaço para este tipo de publicidade vendido até o final do meu ano fiscal, em junho".
Para Enor Paiano, diretor de publicidade do UOL, os veículos também precisam desenvolver métricas semelhantes às dos outros meios para que anunciantes e agências possam fazer a comparação. "Temos que aproximar as métricas do mercado publicitário, usando as que eles estão acostumados. A Internet demora para ganhar share porque a publicidade é uma indústria extremamente bem resolvida no Brasil e ninguém quer mexer em time que está ganhando", diz.
Paiano contou que a reformulação pela qual a TV UOL passou no ano passado, tornando-se a TV UOL 2.0 e adotando a tecnologia flash, chamou mais atenção do mercado publicitário. "O projeto não foi lançado em setembro do ano passado, não foi um bom momento por causa da crise, mas esperamos em um médio prazo aumentar as receitas publicitárias", finaliza.

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