No último sábado, dia 12 de agosto, teve início oficialmente a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que foi aberta com uma solenidade na Sociedade Recreio Gramadense.
Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, ressaltou que a seleção de filmes da edição está sendo muito elogiada, dos desafios enfrentados na realização do evento e reconheceu o apoio do Governo Federal, Estadual, patrocinadores e apoiadores, além de toda a equipe de trabalho do Festival. Também prestigiando a solenidade, Beatriz Araujo, Secretária da Cultura do Rio Grande do Sul, reforçou a importância do Festival de Gramado para o Brasil e destacou a importância da recriação do Ministério da Cultura como referência para novas políticas públicas culturais do país e que isso respalda em ações nos estados.
A Ministra da Cultura, Margareth Menezes, comentou que sempre teve o desejo de estar no Festival, sendo uma experiência ainda melhor podendo atender ao evento como Ministra da pasta que abarca o Festival de Cinema. Ela também abordou a reestruturação que está conduzindo no Ministério, em que aponta que ambientes como o Festival oferecem espaços e reforçam a diversidade e a brasilidade cultural do país. O prefeito de Gramado Nestor Tissot agradeceu a presença da Ministra, enfatizando como o apoio do governo federal é importante para o prosseguimento do Festival.
A solenidade ainda contou com presenças de autoridades como a Secretária do Audiovisual, Joelma Oliveira Gonzaga, a deputada federal Denise Pessoa, o deputado estadual Joel Wilhelm, e o prefeito de Gramado, Nestor Tissot.
Sessão de abertura
"Retratos Fantasmas", quinto longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, foi apresentado pela primeira vez no Brasil na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado. Após apresentar seus últimos filmes, "Crítico", "O Som ao Redor", "Aquarius" e "Bacurau", em Gramado, Kleber retorna, fora de concurso, com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem.
"Retratos Fantasmas" é uma viagem multidimensional pelo tempo, pelo som, pela arquitetura e pelo próprio cinema. O filme tem o centro da cidade do Recife como personagem importante, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas de rua que serviram como espaços de convívio durante o século XX. Foram lugares de sonho e de indústria, e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.
