CCTCI pode pedir formalmente explicações sobre oscilação das ações da Telebrás

O DEM continua dedicado em descobrir se informações privilegiadas causaram as sucessivas altas nas ações da Telebrás negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A deputada Solange Amaral (DEM/RJ) apresentou um requerimento de informação com uma série de questionamentos a serem encaminhados ao Ministério da Fazenda sobre as negociações dos papéis da estatal. A proposta de Solange deve ser deliberada na reunião da próxima quarta-feira, 17, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados.
Em sua justificativa, a deputada argumenta que é necessário investigar se as recentes oscilações anormais nos papéis da empresa podem estar sendo causadas por "eventual vazamento indevido de informações". Ao todo, foram sugeridas cinco questões que devem ser encaminhadas ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, caso o requerimento seja aprovado. O envio ao Ministério da Fazenda se deve ao fato de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável por investigar movimentações indevidas na bolsa, ser vinculado a esta pasta.
A deputada pretende obter informações detalhadas sobre quais são os 30 principais detentores de ações preferenciais e ordinárias da estatal nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008 e qual a participação percentual desses acionistas no bloco acionário da empresa. Solicita também informações se a CVM abriu algum tipo de apuração sobre a valorização dos papéis da companhia e, se isso ocorreu, quais os resultados da análise.
O DEM tem defendido a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as altas atípicas nos papéis da Telebrás, tida como a alternativa mais viável para coordenar as redes públicas que viabilização o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), em gestação no governo. Na última quarta-feira, 10, os líderes do DEM, PSDB e PSC entraram com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a apuração de condutas ilegais por parte do ex-ministro José Dirceu e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, por conta das matérias jornalísticas publicadas nas últimas semanas de que a reativação da Telebrás beneficiaria um empresário que contratou Dirceu como consultor.

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