SescTV lança a série "Cena Inquieta", uma investigação sobre as histórias dos grupos teatrais brasileiros

O SescTV lança na próxima quinta-feira, dia 23 de julho, às 23h, a série de documentários "Cena Inquieta", com curadoria da pesquisadora Silvana Garcia e direção do cineasta Toni Venturi. O projeto é produzido pela Olhar Imaginário e realizado pelo SescTV.

"Cena Inquieta" é um mapeamento sobre a produção contemporânea do teatro de grupo produzido no Brasil. A série documentou importantes coletivos teatrais de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife – o resultado são 26 documentários de 55 minutos cada. São 48 grupos de teatro e dez artistas que vem desenvolvendo trabalhos de experimentação de linguagem nos eixos do teatro negro, de comunidade e de gênero. Cada episódio apresenta dois grupos teatrais, além de espetáculos independentes que marcaram a cena na última década, e um especialista – pesquisador, crítico ou jornalista – que contextualiza a proposta exibida.

No primeiro episódio, a atração investiga as formações, conceitos e trajetórias do Grupo Clariô de Teatro e Capulanas Cia. de Arte Negra. Em visita ao Grupo Clariô, localizado em Taboão da Serra – São Paulo, as câmeras acompanham a preparação para mais um espetáculo e registram depoimentos do ator e cenógrafo Alexandre Souza sobre o início do grupo, em 1998 – ano em que ele conheceu Naloana e Naruna, suas colegas de cena e idealizadoras do Clariô.

A Capulanas Cia. de Arte Negra também é destaque do episódio de estreia. Desde sua criação, a Cia. foi marcada por um processo de violência simbólica. Ao programa, a atriz Adriana Paixão fala sobre a experiência que as atrizes da Capulanas tiveram ao estudar no curso de Comunicação e Artes do Corpo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, onde, segundo ela, o capital cultural negro era desprezado. "Entendemos a necessidade de não dar continuidade às narrativas de escravas, empregadas domésticas ou de figurantes", explica Paixão sobre a criação do grupo que destaca o protagonismo da mulher negra. Além de Adriana, o coletivo foi formado por Débora Marçal, Priscila Obassi e Flávia Rosa.

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