A Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, apresenta resultados inéditos de uma pesquisa realizada neste mês de janeiro com dados sobre o comportamento dos brasileiros em relação à privacidade no universo digital. O estudo foi feito com mais de 1870 participantes.
A pesquisa identificou quais são as categorias com as quais o brasileiro mais aceita dividir informações dependendo do objetivo desse compartilhamento de dados. Quando o objetivo é a personalização do conteúdo, as pessoas aceitam compartilhar suas informações com os segmentos de marketplaces (39%); roupas e calçados (36%); perfume, maquiagem e acessórios (29%); e supermercados (também 29%).
Quando o objetivo é o monitoramento da visita, os segmentos campeões são novamente marketplaces (38%) seguido por roupas e calçados (36%) e perfume, maquiagem e acessórios (27%). Já para publicidade, o ranking muda um pouco: roupas e calçados com 38%, marketplaces com 36% e perfume, maquiagem e acessórios com 30%. "Está claro que a personalização e a publicidade têm espaço significativo em 2024, impulsionando uma conexão ainda mais estreita e assertiva entre marcas e consumidores", afirma Ligia Mello, sócia da Hibou e coordenadora da pesquisa.
Interesse em entretenimento
Em relação ao que o brasileiro mais gosta de ler na internet, os interesses foram bem definidos. Filmes e séries lideram a lista com 65%, seguidos por temas relacionados à vida saudável (54%) e animais de estimação (52%). Notícias em geral (51%) também são prioridade para grande parte da população.
Publicidade online
O incômodo com anúncios online é comum para muitos brasileiros: 32% dos entrevistados admitiram usar ferramentas ou programas para bloqueá-los. "Os resultados também mostraram que 68% preferem não aderir a essa prática, abrindo, assim espaço para um diálogo mais amplo com as marcas sobre como conciliar entretenimento e publicidade online", explica Mello.
E sobre os cookies de navegador, a análise revelou que enquanto 56% afirmam saber o que são, 22% têm um conhecimento mais superficial sobre o assunto e 22% ainda estão se familiarizando.
Nesse sentido, a respeito de aceitar as políticas de privacidade de cookies, as respostas são variadas: enquanto 37% sempre aceitam, 58% o fazem às vezes e 5% nunca concordam. A leitura dessas políticas também é uma prática diversificada: 7% sempre leem, 38% o fazem ocasionalmente e 55% admitiram nunca terem lido.
Compartilhamento de dados
A discussão sobre o compartilhamento de informações via cookies dividiu opiniões. Dentre os respondentes da pesquisa, 43% concordam com essa prática, desde que autorizada pelo usuário, enquanto 57% preferem manter distância.
Por fim, ao falar sobre compartilhar dados com empresas e anunciantes, a pesquisa revelou diferentes atitudes dos brasileiros. A maioria (61%) prefere compartilhar o mínimo possível, escolhendo o que pode ser compartilhado ou não, alegando se sentir vulnerável. Outros 25% optam por manter privacidade absoluta, mesmo que isso torne a busca e impacto por produtos de interesse mais desafiadores. Há também um menor grupo, de 8%, que acredita que compartilhar informações os faz sentir valorizados, enquanto uma parcela ainda menor, de 6% se diz indiferente, não se importando em fornecer informações aos sites.