Anatel projeta investimentos de R$ 250 bi na próxima década

A adoção de medidas que podem aumentar a competitividade do setor de telecomunicações e a ampliação dos serviços de banda larga são capazes de promover uma entrada gigantesca de investimentos na próxima década, segundo previsões da Anatel. O superintendente de serviços privados, Jarbas Valente, anunciou nesta terça-feira, 17, que o órgão prevê a entrada de investimentos na ordem de R$ 250 bilhões ao longo dos próximos dez anos.
Para se ter uma idéia da grandeza da projeção, o setor investiu nos primeiros 10 anos da privatização R$ 180 bilhões, onde estão incluídos todos os aportes feitos na compra de concessões. O valor anunciado hoje pela Anatel é 39% maior do que o montante investido até agora e, de acordo com as tabelas da agência, as empresas deverão destinar seus recursos primordialmente nos serviços de SCM e SMP. Além do crescimento da telefonia móvel, com a expansão dos serviços de voz e de banda larga pelas operadoras, a agência aposta no crescimento da receita das TVs por assinatura e da internet em alta velocidade das fixas.
Valente admitiu que a compra da Brasil Telecom pela Oi, mesmo que indiretamente, foi levada em consideração para o cálculo da projeção de investimentos. A operação anunciada em janeiro pode custar mais de R$ 12 bilhões no total, entre a aquisição do controle da BrT, oferta pela compra de ações dos minoritários e finalização de disputas judiciais que envolvem a concessionária.

Crescimento dos serviços

A Anatel também divulgou estimativas de comportamento do mercado nos próximos dez anos, com projeções de crescimento dos principais serviços. A agência prevê que o número de acessos em banda larga passarão dos cerca de 18 milhões atuais para 160 milhões em 2018, com a adesão em peso da população aos serviços de banda larga móvel. Também é aguardado um crescimento no número de clientes da TV por assinatura, que devem passar de 6 milhões para 18 milhões nos próximos dez anos.
Nos acessos do SMP, a agência estima um aumento dos 130 milhões atuais para cerca de 275 milhões de celulares em funcionamento até 2018. Para o STFC, a projeção é de crescimento do número de acessos de 40 milhões para aproximadamente 55 milhões, também em dez anos.

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