A distribuidora Synapse e a Fundação Padre Anchieta (FPA), mantenedora da TV Cultura, fecharam acordo para a distribuição exclusiva de um lote de 2,5 mil programas, que somam 1,4 mil horas, do acervo da FPA junto a canais de TV por assinatura no Brasil. Estão no pacote séries infantis de sucesso do canal como “Castelo Ra-Tim-Bum” e “Cocoricó”, e séries de arte e entretenimento como “Entrelinhas”.
A distribuidora também poderá licenciar os conteúdos para plataformas de vídeo on-demand, como SundayTV, iTunes e Amazon, no país e no exterior. A Synapse já distribui os curtas-metragens de seu portal Porta Curtas para estas plataformas, como o Now, da Net. A empresa também a responsável pelo novo canal Curta!, que foi credenciado junto à Ancine como canal qualificado para o cumprimento das cotas de empacotamento, embora na prática o canal ainda não esteja operacional.
A distribuidora já licenciou a série “Qual é, bicho?”, de 26×30’, para um ciclo de exibições no Animal Planet, da Discovery. A TV Cultura e o canal infanto-juvenil TV Ra-Tim-Bum, da FPA, não exibirão a série durante o período cedido ao canal pago.
Cotas
Julio Worcman, sócio da Synapse, diz que a audiência regionalizada da emissora paulista “mantém suas produções relativamente inéditas frente a um público maior, nacional, o que justifica o atual interesse dos canais por assinatura em contratá-las para suas grades”. A ideia é que este conteúdo seja usado pelos canais para cumprir as cotas de produção nacional impostas pela Lei 12.485/11.
Worcman diz que também está desenvolvendo, em parceria produtoras independentes, a recontextualização de conteúdos da TV Cultura que marcaram a história da TV, na forma de novas séries que exploram a história da TV. Assim serão aproveitados momentos de programas antológicos como “Ensaio”, “MPB Especial” e de outros materiais, não necessariamente musicais.
Pelo contrato com a FPA, a Synapse fica responsável por organizar o pagamento dos direitos conexos, autorais e de imagem relativos às exibições dos conteúdos em outros canais ou plataformas digitais. Para tanto, a Synapse está autorizada pela FPA a reverter 8% de qualquer receita contratada com a comercialização dos conteúdos para remunerar diretamente aos artistas envolvidos.
