"Sertânia" e "Retrato de uma Jovem em Chamas" são os destaques do Prêmio Abraccine 2020

A Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema divulgou os filmes vencedores do Prêmio Abraccine 2020. O resultado reflete um ano atípico, marcado pela pandemia de Covid-19, que fez com que as salas de exibição fechassem – com o consequente adiamento de várias estreias – e impulsionou ainda mais as plataformas de streaming. Dentre os escolhidos da Associação, estão títulos lançados em diversas plataformas. Nota-se ainda mais diversidade de temas e linguagens, com maior presença do cinema de mulheres e pautas urgentes abordadas pelas produções. 

Dirigido pelo veterano Geraldo Sarno, "Sertânia" (foto) foi o grande vencedor do Prêmio Abraccine de Melhor Longa-Metragem Brasileiro. O filme conta a história de Antão em seu delírio de morte e é um retorno ao cangaço e ao sertão que marcaram o cinema brasileiro. 

O francês "Retrato de uma Jovem em Chamas", de Céline Sciamma, sobre o encontro de duas mulheres que descobrem a paixão, recebeu o Prêmio Abraccine de Melhor Longa-Metragem Estrangeiro. 

Pela primeira vez, aconteceu um empate triplo no Prêmio Abraccine de Melhor Curta-Metragem Brasileiro. Os três filmes são: "Inabitável", de Enock Carvalho e Matheus Frias, que traz uma abordagem fantástica futurística da temática trans; "A Morte Branca do Feiticeiro Negro", de Rodrigo Ribeiro, que propõe um resgate experimental sobre a origem e a permanência do racismo; e "República", de Grace Passo, filme político produzido durante a pandemia. 

Além dos premiados, a Abraccine elegeu também o seu Top 10 de melhores filmes em cada uma das três categorias. 

Completam o Top 10, em ordem alfabética, de longas-metragens brasileiros: "Aos Olhos de Ernesto", de Ana Luísa Azevedo; "Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou", de Bárbara Paz; "Emicida: AmarElo – É Tudo Pra Ontem", de Fred Ouro Preto; "A Febre", de Maya Da-Rin; "Fim de Festa", de Hilton Lacerda; "Pacarrete", de Allan Deberton; "Sol Alegria", de Mariah Teixeira e Tavinho Teixeira; "Todos os Mortos", de Marco Dutra e Caetano Gotardo; e "Vermelha", de Getúlio Ribeiro. 

Completam o Top 10, em ordem alfabética, de longas-metragens estrangeiros: "Adoráveis Mulheres", de Greta Gerwig; "O Caso Richard Jewell", de Clint Eastwood; "O Farol", de Robert Eggers; "Hotel às Margens do Rio", de Hong Sang-soo; "Joias Brutas", de Josh e Benny Safdie; "Martin Eden", de Pietro Marcello; "Os Miseráveis", de Ladj Ly; "Nunca Raramente Às Vezes Sempre", de Eliza Hittman; e "Você Não Estava Aqui", de Ken Loach. 

Por fim, completam o Top 10, em ordem alfabética, de curtas-metragens brasileiros: "O Barco e o Rio" (AM), de Bernardo Ale Abinader; "Cinema Contemporâneo" (PE), de Felipe André Silva; "Construção" (RS), de Leonardo da Rosa; "Entre Nós e o Mundo" (SP), de Fabio Rodrigo; "Extratos" (SP), de Sinai Sganzerla; "O Que Há em Ti" (SP), de Carlos Adriano; e "Vaga Carne" (RJ), de Grace Passô e Ricardo Alves Jr.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui