Orlando Senna deixa a direção geral da TV Brasil

Orlando Senna está deixando o cargo de diretor geral da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e, portanto, da TV Brasil. E carta aberta ao mercado, Senna atribui a sua saída à falta de autonomia de sua diretoria e ao que chama de concentração excessiva de poderes na presidência da empresa (sob a responsabilidade de Tereza Cruvinel).
Em sua manifestação, Senna classifica o trabalho desempenhado na EBC como uma extensão do seu trabalho como secretário do audiovisual do MinC. "Uma extensão das políticas públicas voltadas para a televisão e para as convergências tecnológicas, midiáticas e empresariais da comunicação eletrônica de massa que foram implementadas pela Secretaria do Audiovisual", diz. Senna atribui o sucesso de implantação da TV Brasil "à tenacidade e à firmeza do ministro Gil, do secretário executivo do MinC, Juca Ferreira, e de uma equipe de jovens gestores públicos de alto quilate, dos quais devo mencionar Manoel Rangel, Mário Diamante, Alfredo Manevy, Sérgio Sá Leitão, Paulo Alcoforado, José Araripe e, deixados por último para serem destacados, Leopoldo Nunes e Mário Borgneth". Ele explica que deixa a EBC "por discordar da forma de gestão adotada pela empresa que, entre outros equívocos, concentra poderes excessivos na Presidência, engessando as instâncias operacionais, que necessitam de autonomia executiva para produzir em série, como em qualquer TV. Melhor: como em qualquer empresa que opera emissoras de TV e rádio, agência de notícia, web e outros serviços audiovisuais, que é o caso da EBC. Uma forma de gestão que induziu a exoneração de Mário Borgneth, o excepcional articulador e executivo que organizou e coordenou o seminal Fórum de TVs Públicas e que, como diretor de Relacionamento da EBC, nesses oito meses, montou a estrutura de uma rede com cobertura em todo o País, baseada em novos modelos de negócio e em uma arquitetura horizontal, sem o verticalismo das redes comerciais. Uma decisão com a qual não posso concordar". Senna diz ainda acreditar no projeto da TV Brasil, mas ressalta que "a EBC terá de solucionar várias questões para alcançar o seu objetivo de empresa pública de comunicação moderna, democrática e financeiramente saudável".

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