"Meu Nome É Gal" supera público de 100 mil em menos de uma semana

Uma semana após a pré-estreia em 200 salas, "Meu Nome É Gal" já superou os 100 mil espectadores. Segundo Marcio Fraccaroli, diretor-geral da Paris Filmes, distribuidora e produtora do longa-metragem, a performance inicial do filme é resultado de uma estratégia de comunicação que está funcionando. "O filme recebeu seu devido lugar na imprensa", comemora.

Tendo a Globo Filmes como coprodutora, o filme foi destaque editorial na programação da Globo, mas sua exposição na mídia vai muito além. O filme foi pauta de 20 programas de rádio e TV, entre eles "Conversa com Bial", "Altas Horas", "Encontro", "Jornal Hoje", "Saia Justa", "GloboNews", "Metropolis" (TV Cultura), "Fantástico" e CBN; estava em 14 capas de publicações impressas até agora, incluindo Folha de SP, O Globo, O Dia, Extra, Correio Braziliense, Correio da Bahia, O Povo – CE e Revista Marie Claire; e tema de mais de 700 matérias online, em portais como G1, GShow, Estadão, O Dia, Metropoles, UOL Splash, Quem, Caras, Marie Claire e Veja. Nas redes sociais da Paris Filmes, "Meu Nome É Gal" já teve quase 30 milhões de impressões e só o trailer soma 1,8 milhão de views nos canais oficiais da distribuidora.

"Agora o filme depende só dele mesmo, tem um boca a boca forte", diz Fraccaroli, que aposta na continuidade do longa nas salas de exibição. Segundo ele, o longa biográfico tem potencial de ficar seis a oito semanas nos cinemas, significativamente mais que as quatro semanas usuais dos blockbusters. "O público de um filme comercial cai, na segunda semana, entre 60% e 70%, enquanto um filme de 'boca-a-boca' cai 24%. Este é um filme de final, não de arrancada", garante o distribuidor.

O executivo da Paris Filmes lembra que "Meu Nome É Gal" é um filme com um público específico, ocupando as salas das capitais e de perfil de classes A e B. "Cada filme tem seu nicho e a distribuição tem que seguir um caminho que respeite o que o filme é", diz.

O filme

O longa-metragem retrata um momento relativamente curto a trajetória de Gal Costa, ainda no início da carreira. Uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos, Gal Costa foi criada sozinha pela mãe Mariah, que foi uma de suas maiores incentivadoras. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.

Com roteiro de Lô Politi e Maíra Bühler, "Meu Nome É Gal" foi dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, com produção de Marcio Fraccaroli, Lô Politi, André Fraccaroli, Veronica Stumpf. A produção da Paris Entretenimento e Dramática Filmes, em coprodução com Globo Filmes, Telecine e California Filmes. A distribuição é da Paris Filmes, com codistribuição da SPCine e da Secretaria Municipal da Cultura.

Reencontro

Fraccaroli diz que a decisão de produzir e distribuir o filme é parte de um desejo de reencontrar o público do cinema nacional, que se disperçou durante a pandemia. "O público não está fácil", diz, lembranod que as plataformas de streaming "'levaram" paea si quase todas as comédias, gênero que vinha se destacando na bilheeria de cinema antes da pandemia. "Precisamos reentender esse público. Acho que vamos conseguir, mas mais para frente, talvez em 2025 ou 2026.

A sobrevivência da janela cinematográfica, por mais 100 anos, depende, diz Fraccaroli, do seu principal diferencial, a experiÊncia de consumo coletivo. Outras modalidades de experiência coletiva, como eventos e shows, já retomaram suas operações, diz Fraccaroli.