Flávio Cavalcanti Jr., diretor da Abert, diz que a associação não vê problema no Congresso debater e legislar sobre a publicidade. "Este é o fórum adequado", diz. "Nos preocupa outras instituições querendo fazer essa regulação", disse o executivo da associação de radiodifusão em debate no Congresso Brasileiro de Radiodifusão, que acaba nesta quinta, 21, em Brasília.
O senador Aloízio Mercadante (PT-SP) concorda, mas com ressalvas. Para ele, o Congresso só deve legislar sobre a publicidade em última instância. "Temos mais de 200 projetos de lei que tolhem a publicidade. É um setor muito complexo, que precisa ter sua liberdade garantida", disse o senador. Mercadante deixou claro que não é contra regras para o setor, afirmando que "o poder da mídia precisa de pesos e contrapesos". Mas se colocou como aliado da radiodifusão no debate. Ele assumiu o compromisso de não permitir que nenhum dos PLs que tratam da publicidade sejam votados sem que o Conar e a mídia sejam ouvidos no Congresso. "Não votaremos sem essa mediação", disse.
Mercadante prometeu ainda que pedirá à Anvisa, uma das instituições a que se referia Cavalcanti, que apresente um relatório trimestral de suas ações ao Senado. "A Anvisa não pode substituir o Conar e nem o Congresso", disse.
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