A Vivo acaba de turbinar sua rede de terceira geração (3G) para HSPA+, tecnologia que promete elevar a qualidade das conexões à Internet a níveis próximos à quarta geração (4G). Com esta iniciativa, a empresa se torna a primeira das operadoras brasileiras a lançar comercialmente o upgrade da rede HSPA para o HSPA+. A rede foi implementada com uma portadora, podendo alcançar velocidade teórica máxima de 21 Mbps. Nos testes comerciais realizados pela Vivo, entretanto, a velocidade chegou a 6 Mbps e a decisão da operadora foi anunciar planos com velocidades de até 3 Mbps.
Para estrear a nova capacidade de transmissão de voz e dados em sua rede, a Vivo pretende comercializar pacotes que incluem: modem para HSPA+ e conexão de 3 Mbps com limite de tráfego de 10 GB por R$ 199. De acordo com a empresa, clientes da banda larga fixa Speedy, da Telefônica, pagam metade do valor no plano.
Paulo César Teixeira, presidente da unidade de mercado individual da Vivo, afirma que embora a rede 3G de todo o País já esteja atualizada para HSPA+, os planos de acesso específicos para esta tecnologia serão comercializados, inicialmente, apenas na Região Metropolitana de São Paulo. “Neste primeiro momento, preferimos focar a comercialização nesta região e depois expandir, mas antes temos que fomentar o mercado na ponta, vendendo os terminais adequados para o usuário tirar o melhor da tecnologia”, diz. No momento, no portfólio da operadora, há apenas três aparelhos habilitados para HSPA+: um modem ZTE, o smartphone Samsung Glalaxy SII e o tablet Samsung Galaxy 10.1.
Embora os planos específicos para HSPA+ estejam à venda apenas em São Paulo, quem assinar um plano da Vivo para esta tecnologia poderá usufruir dos serviços em qualquer região do País, onde a empresa tenha cobertura 3G, agora com HSPA+, garante o executivo. “A rede é uma só, e já estava pronta. Fizemos apenas uma atualização de software e pequenas mudanças para adequá-la, então o cliente poderá usar a rede em outras localidades também”.
Outra promessa da operadora é que a atualização da rede melhore a conexão de todos os clientes, sem custo adicional, mesmo para quem acessa a Internet com aparelho 3G convencional e não possui a tecnologia HSPA+. Isto ocorre porque a rede estará desafogada, explica. “Vai melhorar a experiência de navegação de todos os clientes, mesmo de quem não usa a tecnologia”, comenta.
Concorrência
Entre as concorrentes, apenas a Algar Telecom atua com a tecnologia HSPA+[a operadora mineira mantém testes comerciais e pretende abrir as vendas deste serviço a partir da próxima semana]. Conforme a reportagem apurou, a TIM está prestes a pôr a tecnologia em suas redes. Esta seria a melhor maneira de ‘aproveitar melhor os recursos do 3G, antes de avançar para o 4G’. O discurso oficial da empresa é que o iminente leilão das faixas de 2,5 Gigahertz, para uso com LTE é desnecessário, uma vez que as redes de terceira geração podem ser mais bem exploradas pelas operadoras. Procurada pela reportagem a TIM não confirmou se lançará, ainda neste ano, os serviços baseados em HSPA+. Outra que deixou de responder se pretende atuar com a tecnologia é a Oi. Já a Claro não confirma ter ou não perspectiva para este tipo de UP Grade, no curto prazo. Entretanto, os últimos investimentos da empresa são concluir o trabalho de melhorar e aumentar sua rede 3G e totalmente IP, uma maneira de se preparar para a chegada do LTE, 4G.