O2 Pós entrega sua primeira campanha publicitária internacional em 3D

A O2 Pós, da O2 Filmes, entrega a sua primeira campanha publicitária internacional. Com direção de Marcus Alqueres, os filmes compostos por quatro roteiros foram criados completamente em computação gráfica (CGI 3D), e mostram as facilidades do serviço de entrega Weis2Go, da gigante do varejo americano Weis Markets. 

"A técnica da computação gráfica foi sugerida à agência e cliente pelo diretor, o Marcus Alqueres. O projeto surgiu pois, com a pandemia, as agências começaram a pensar em métodos alternativos para produzir os filmes. O Marcus é especialista neste tipo de filme e vem fazendo um bom trabalho de mostrar para os clientes as vantagens de se trabalhar com animação", conta Paulo Barcellos, diretor da O2 Pós, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

Still da campanha

Barcellos ainda aponta: "Fazer um filme em computação gráfica e com qualidade é normalmente mais caro e mais demorado do que uma filmagem, mas o resultado chama bastante a atenção e é um grande diferencial para as marcas". E acrescenta: "Os prazos são sempre de muitos meses, às vezes um ano. E os valores são proporcionais ao prazo, já que temos equipe de dezenas de pessoas dedicadas ao projeto por um longo período de tempo. Por outro lado, dependendo da campanha é possível reutilizar parte do trabalho já feito para criar novos filmes. Tudo depende de como planejamos o processo". 

Trabalho remoto 

Devido à complexidade técnica de um projeto deste porte, a campanha exigiu a participação ativa do diretor de cena durante as diversas etapas de desenvolvimento, desde a pré-produção, onde são criados os storyboards, concepts, direção de arte e animatic, até as entregas finais. "Partindo do princípio básico de quanto mais se trabalha numa cena melhor ela fica, quero estar sempre por perto para que o artista esteja sempre trabalhando no caminho certo, assim a cena estará cada vez melhor ao longo dos dias", afirma Alqueres em nota. 

Apesar de existir há muito tempo, o interesse pelo uso do 3D como recurso visual na publicidade foi despertado pelas limitações impostas pela pandemia de Covid-19 às produções. "Acho que com a pandemia alguns clientes e produtoras redescobriram esse recurso. Eu mesmo como diretor, que estava me distanciando da animação, percebi que seria interessante continuar por perto", completa. 

Paulo Barcellos, diretor da O2 Pós

Barcellos, por sua vez, garante que os filmes em 3D podem ser produzidos totalmente de forma remota, o que seria uma vantagem no período de pandemia. "Na O2 Pós estamos trabalhando de maneira remota há mais de um ano. Como não há filmagem, todo o material é gerado no computador e apresentado aos clientes por videoconferência. Temos ferramentas exclusivas da O2 para aprovação de filmes que permitem dividir a tela do artista com o diretor, sem perda de qualidade, como se ele estivesse ao lado do artista apontando na tela. Essa e outras ferramentas foram cruciais para esse momento de pandemia", enfatiza.

"No entanto, o maior desafio do trabalho remoto é a perda da interação espontânea. Na O2 Pós é comum os diretores irem direto no artista sem marcar uma reunião – isso torna o processo mais interativo e menos burocrático. Já no trabalho remoto é preciso agendar reuniões e a interação é menos espontânea, mas ela acontece e o processo funciona. Estamos ansiosos para adotar um sistema híbrido quando a pandemia acabar", pontua. 

Nova fase no mercado brasileiro 

O filme marca um novo período no mercado de pós-produção brasileiro. Apesar de todos os impactos negativos da pandemia, este momento impulsionou uma adaptação emergencial das empresas de animação e efeitos visuais, que se digitalizaram e desenvolveram novas ferramentas de acompanhamentos de projetos e aprovação online, conforme contou Barcellos, o que permitiu com que os trabalhos possam ser executados através de estações remotas para produtoras de qualquer lugar do mundo. Essa transformação já era uma tendência antes mesmo da Covid-19. "Para mim o ponto mais disruptivo no processo foi a possibilidade do cliente e agência poder acompanhar uma filmagem remotamente de forma confortável", explica Alqueres. 

"Esse trabalho inaugura uma nova etapa para a nossa empresa. Primeiro que consolida a O2 Pós como uma empresa de Pós-Produção e Efeitos Visuais. Apesar de pertencermos ao grupo O2, somos uma empresa independente que trabalha com outras produtoras", finaliza Barcellos, adiantando que a O2 Pós já tem outros projetos em andamento com o uso extensivo de 3D, sobre os quais ele espera poder falar em breve. 

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