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Programação “Conversas FAM de Cinema” tem início nesta sexta, 23, em Florianópolis

Há 26 anos realizado pela Associação Cultural Panvision, o Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul – FAM volta a ser presencial após dois anos realizado de forma online devido à pandemia. Espaço de formação de público e difusão da produção audiovisual latino-americana e de fomento ao mercado audiovisual, ele é realizado em diferentes espaços do centro da cidade. As exibições de filmes acontecem no CineShow Beiramar Shopping e o Encontro de Coprodução do Mercosul – ECM e o Rally Universitário Floripa têm lugar no Majestic Palace Hotel. As atividades tiveram início na última quinta, 22, e vão até a próxima quarta, 28. 

Como novidade desta edição, a programação terá uma série de “Conversas FAM de Cinema”, compostas de sessões de filmes convidados seguidas de debates com realizadores e personagens. Mediadas pela produtora cultural e educadora popular Adriana Gomes, as conversas abordarão diferentes temas. As atividades acontecem sempre às 16h, no CineShow Beiramar Shopping. 

A programação começa nesta sexta, 23, com o tema “O Lúdico e a Luta Indígena”. Na ocasião, são exibidos dois filmes catarinenses sobre temática indígena”a estreia de “Vãnh gõ tõ Laklãnõ”, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá, sobre a retomada da cultura do povo Laklãnõ/Xokleng do Alto Vale do Itajaí, protagonista da questão do Marco Temporal no Brasil, e “Wuitina Numiá” (“Meninas Coragem”), de Kurt Shaw e Rita de Cácia Oenning da Silva, sobre a invasão por garimpeiros de uma aldeia Tukana no alto Rio Negro, que será defendida por um ancião pajé e três meninas. A sessão conta com a presença de indígenas dos povos Laklãnõ, Guarani, Kaingang, Parintintin, Baré, Wapichana e Tikuna, que vêm ao FAM com apoio da campanha Amazônia Passa Aqui.

No sábado, 24, o tema é “Cultura Popular na Infância”, com exibição do longa-metragem “Pequenos Guerreiros” (CE), de Bárbara Cariry, sobre cultura popular e infância. No filme, um casal acompanhado do filho e dos sobrinhos faz uma viagem de aventura e encantamento para pagar uma promessa.

No domingo, 25, a conversa será sobre “Maternidade, Justiça e Racismo”, com a primeira exibição em Santa Catarina do curta catarinense “Pele Negra, Justiça Branca”, de Cinthia Creatini da Rocha, Valeska Bittencourt e Vanessa Rosa Gasparelo, sobre o caso Gracinha, em que uma mãe quilombola perdeu a guarda definitiva de duas filhas sob alegação de incapacidade para criar e educar as crianças. Na decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em 2016, ficou claro o racismo e a violência do Estado. A sessão terá participação da comunidade do Quilombo Toca de Santa Cruz, de Paulo Lopes, onde aconteceu o caso.

Na segunda, 26, a temática é “Meio Ambiente e Acessibilidade”, com os curtas “Por Dentro das Árvores” (SP), de Francisco de Paula; “Teo, o Menino Azul” (SP), de Hygor Amorim; “Assim Preto” (PE), de Bako Machado; e “Nonna” (SC), de Maria Augusta V. Nunes. 

Na terça, 27, o tema “Diálogo com o Público” chega com a primeira exibição presencial em festivais do longa de ficção “Longe do Paraíso” (foto), de Orlando Senna, 82, um dos principais cineastas e teóricos do cinema do país, diretor e/ou roteirista de mais de 30 filmes. Filmado na Chapada Diamantina, o filme faz uma releitura do mito bíblico de Caim e Abel tendo como cenário a questão agrária brasileira e seus conflitos. O pistoleiro Kim comete um erro grave e será executado pela organização criminosa que o contratou. Para não morrer, precisa matar sua irmã.

A última conversa acontece na quarta, 28, último dia de programação do Festival. Com o tema “O Cinema Urge”, antecedem o papo as exibições de quatro curtas com temas emergentes. Em “O Ciclope” (Jacareí/SP), de Guilherme Cenzi e Pedro Achilles, uma mulher lembra da última visita feita ao seu pai na prisão, quando ele conta a história da criatura amaldiçoada que sabe o dia em que irá morrer; “O Elemento Tinta”, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (SP), vencedor da Mostra Curtas no FALA São Chico, trata da morte de um pichador pela Covid-19 e da ação contra a forma como o governo Bolsonaro geriu o país durante a pandemia feita por seus amigos; “Mãe Solo”, de Camila de Moraes (BA), outro destaque do FALA São Chico, retrata as histórias de duas mães solo e reflete sobre a responsabilidade na criação dos filhos que recai sobre as mulheres; e em “O Pato”, de Antonio Galdino (Alagoa Grande/PB), uma mulher decide acabar com o ciclo de violência em sua casa e ser um exemplo para sua filha.

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