O deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) tomou posse nesta quarta, 23, como ministro da Cultura, substituindo o diplomata Marcelo Calero, que pediu demissão na última sexta-feira. A cerimônia fechada, no Palácio do Planalto, contou apenas com a participação de familiares e parlamentares.
"Tenho a certeza de que contarei com a boa vontade de todos os que trabalham na área, pois todos nós temos um objetivo comum, a cultura como móvel fundamental da formação do ser e da nossa nação, para avançarmos o processo democrático e sermos contemporâneos do futuro", disse o ministro.
O presidente Michel Temer não mencionou em seu discurso o ex-ministro Calero, que deixou a pasta criando uma complicação política para o governo, ao acusar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) de pressioná-lo para resolver questões pessoais no Iphan. Segundo Temer, Freire era a sua primeira opção para a Cultura, mas, ainda de acordo com o presidente, o atual ministro aconselhou a redução de ministérios, incluindo a extinção da Cultura. "Ele, que já praticamente houvera sido designado como ministro da Cultura, foi a mim e disse: 'Temer, você tem que reduzir os ministérios, porque senão você vai apanhar demais. Então você, e para revelar como você tem que reduzir, faça o seguinte, se quiser meu cargo está à disposição e, evidentemente, a minha pasta'", disse o presidente.
